A greve de dez dias convocada pelos pilotos da TAP, vai afectar as viagens de 350 mil passageiros. É esta a estimativa da companhia, tendo em conta que, no dia em que a paralisação foi anunciada, já existiam cerca de 300 mil reservas.
Os pilotos ameaçam com uma greve entre 1 a 10 de Maio, que abrange um fim-de-semana prolongado. Segunda a companhia, também por incluir esta "ponte" do Dia do Trabalhador (que é uma sexta-feira), a paralisação pode causar prejuízos de 70 milhões de euros
Apesar de se mostrarem disponíveis para cancelar os protestos, os pilotos só o farão caso a TAP e o Governo cedam às suas exigências: a devolução de diuturnidades (subsídio de antiguidade) e uma fatia no capital da companhia. Mas não há grande margem para consensos, o que acabará por causar um novo rombo às contas da transportadora aérea, em vésperas de privatização.
As partes vão agora tentar chegar a um consenso sobre os serviços mínimos a assegurar durante a greve e, na ausência de um acordo, a decisão caberá ao tribunal arbitral do Conselho Económico e Social, que obrigará à realização de alguns voos.
Esta quinta-feira, os pilotos da companhia Portugália (do grupo TAP) anunciaram que também irão avançar para uma greve nas mesmas datas.
A Confederação do Turismo já veio dizer que a TAP "não vai aguentar 10 dias de greve" e Francisco Calheiros, presidente da organização, afirmou ainda que as agências de viagens já começaram a ter cancelamentos.
A companhia aérea começou entretanto a aceitar remarcações, informando que "os passageiros com reservas válidas nos voos programados para os dias da greve" façam a tranferência para "outros voos da companhia a realizar em datas fora do período de greve.
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