Fugas - restaurantes e bares

  • Nelson Garrido
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O Páteo dos petiscos

Por Sandra Silva Costa ,

É um bar? Um restaurante? Um bar de hotel? É tudo isto – e não é nada disto. “É um wine bar que serve bons petiscos”, e por acaso (ou talvez não) está ao lado de um hotel. Sejam bem-vindos ao Páteo das Flores, na Baixa do Porto.

A primeira vez que Pedro Mourão aqui entrou “para trabalhar”, emocionou-se. “O espaço era frio, desconfortável”, mas havia uma ligação a que era impossível fugir: “O meu pai foi criado nesta casa”, sorri.

Estamos na primeira sala do Páteo das Flores, na rua homónima, no Porto, à volta de uma mesa de bancos altos, com um copo de champanhe na mão e à conversa com o “criador” – “decorador é um conceito redutor” – de interiores do mais recente wine bar da cidade. Connosco está também Bernardo Sampaio, que fala em nome deste Páteo e, antes de mais, quer por os pontos nos ii. “Este é um espaço autónomo do Hotel Flores Village [na porta ao lado, e do qual Bernardo é director]. Portanto, não somos um bar ou um restaurante de hotel, não estamos focados nos hóspedes do hotel. É como um wine bar que nos queremos identificar. Um wine bar que serve bons petiscos”, explica. Foi este o recado que deram a Pedro Mourão – e agora sim, podemos voltar atrás, à Casa dos Constantinos, onde cresceu o pai de Pedro e perceber como é que de um espaço “frio, desconfortável”, chegamos aqui.

“O meu trabalho é sempre baseado naquilo que eu sinto pelos sítios, pelas coisas, pelas pessoas, e na forma como interpreto os espaços”, descreve. É, pois, natural que num espaço onde há ligações familiares haja “muito do seu criador”. Para o Páteo das Flores, inaugurado oficialmente a 1 de Fevereiro, Pedro Mourão pensou em três espaços distintos, com linguagens próprias. Há esta primeira sala, virada à Rua das Flores, mais indicada para um copo e um petisco ao fim da tarde. “É um lugar mais descontraído, para quem vai a passar na rua e sente vontade de entrar.” Descontraído, sim, mas requintado, como o são, aliás, todas as divisões deste Páteo.

Deixamos o copo em cima de uma destas mesas (Ziya Concept) e percorremos o túnel que dá acesso à “sala de grupos”, como a classifica Bernardo Sampaio. Tem duas mesas corridas, que acomodam seis pessoas cada, candeeiros que Pedro Mourão resgatou “no ferro-velho” e, ao lado esquerdo, estantes onde se alinham dezenas de garrafas de vinho. “Somos um wine bar”, reitera Bernardo, sublinhando que aqui estão disponíveis mais de 100 referências, boa parte das quais da região do Douro.

É neste espaço que nos sentamos para provar os petiscos com a assinatura do jovem chef Raul Sousa (23 anos). Começamos com uma tábua de queijos (16€) e enchidos (18€), que acompanhamos com pão estaladiço e Titular Branco (4€) no copo. Avançamos depois para uns deliciosos chips de batata-doce (4€) e, por gosto pessoal, declinamos os pimentos Padrón. Aceitamos a sopa (creme de cebola, muito bem confeccionado) e, por sugestão de Bernardo, mudamos de poiso, agora para o saguão, espécie de surpresa que se guarda para o fim da visita.

É aqui que está o pátio de onde houve Páteo das Flores. É amplo e iluminado – a cobertura de vidro deixa entrar a luz natural e ver o graffiti que os artistas Thirds & Mots pintaram numa parede de dez metros. Tem 11 mesas redondas com tampos de madeira obtidos através do corte de raízes e troncos de árvores, um enorme jarrão onde se mostra um feto viçoso, uma lareira falsa e no chão cerâmica que nos remete para a calçada portuguesa.

Nome
Páteo das Flores
Local
Porto, Porto, Rua das Flores, 135
Telefone
22 203 1128
Horarios
e Segunda-feira das 19:00 às 23:00
Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado das 12:30 às 23:00
Website
www.facebook.com/pateodasfloreswinebar
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