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Já foi resolvido o mistério das "fotos perdidas de Barcelona”

Por Fugas

Há cinco anos que um norte-americano procurava o autor das fotografias que comprou em 2001 durante umas férias na Europa.

Há cinco anos que um norte-americano procura o autor das fotografias que comprou em 2001 durante umas férias na Europa. A primeira pessoa retratada nas imagens dos anos 1950 e 60 foi identificada no final de Janeiro. O autor manteve-se um mistério até esta sexta-feira.

O El Mundo conta que Tom Sponheim mergulhou numa investigação incansável para descobrir o autor daquelas fotografias que tanto o fascinaram. Com o apoio da investigadora Begoña Fernández, o mistério teve finalmente solução, e o nome que há tanto era procurado é Milagros Caturla.

“Grande parte das fotografias da minha família foram roubadas durante uma mudança”, explica Sponheim ao jornal espanhol. “Já que nunca pude recuperar as minhas próprias fotografias, pelo menos quis ajudar outra família a encontrar as suas”. E, pelo que parece, conseguiu.

“A primeira pista que me fez pensar que podia tratar-se de uma mulher e não de um homem eram alguns dos lugares em que foram tiradas as imagens”, diz, por sua vez, Begoña, levantando um pouco o véu à sua investigação. “Por exemplo, estranhava que um homem tivesse entrado num colégio em que só estudavam meninas e que, para além disso, as fotografou”.

E foi a partir desta escola que se chegou ao nome de Milagros. “Quando comecei a pesquisar esta escola, dei com uma notícia de um concurso de fotografia em que Milagros se apresentou. E os sítios que se anunciavam no concurso como possíveis cenários para tirar as fotos coincidiam com muitos dos lugares onde tinham sido tiradas as fotografias”, diz ainda a investigadora.

Confirmada a primeira verdadeira pista, a investigação passou para a hemeroteca local onde poderiam estar publicados os vencedores do referido concurso. E, tal como diz Begoña, “as fotografias eram tão boas” que podiam perfeitamente terem sido as seleccionadas como vencedoras do concurso que se realizou em 1962. Desse ano não existiam registos dos ganhadores, mas havia do ano anterior. “Uma das finalistas pertencia à Associação Fotográfica da Catalunha. Além disso, vi que várias das mulheres ganhavam em mais do que uma categoria, o que me motivou a seguir em frente. Por o grupo que participava ser bastante reduzido, poderia não ser muito difícil encontrá-la”, explica a investigadora.

E, no quarto lugar, lá estava uma das imagens que o americano havia partilhado no seu Facebook há cinco anos, procurando informações. Ainda sem grandes informações sobre Milagros, Bergoña quer saber mais sobre a autora das misteriosas fotografias, mas arrisca dizer que esta deveria “ser uma mulher bastante adiantada face ao seu tempo”.

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