Melitón Yumbo, guia indígena da comunidade kichwa Añangu, na proa da canoa que avança por um canal de floresta inundada. Enric Vives-Rubio
De partida para uma viagem de descoberta pelo Yasuní, um canto precioso da floresta tropical, que reúne o que há de melhor na Amazónia. Enric Vives-Rubio
Os kichwa são índios que aprenderam a viver com o rio, virados para o rio; mas há outros índios do Amazonas que voltaram costas ao rio, e não querem saber das suas águas. Enric Vives-Rubio
O rio é a auto-estrada da floresta: é por lá que tudo chega, alimentos, materiais, equipamento. É pelos barcos que se espera, não pelos automóveis. Enric Vives-Rubio
No interior do Parque Yasuní só existe um hotel, o Napo Wildlife Center, explorado pela comunidade kichwa Añangu, onde trabalham 26 dos 34 homens da aldeia em idade activa. Enric Vives-Rubio
O rio é a via de comunicação que liga as várias comunidades da Amazónia; é onde as pessoas se cruzam e cumprimentam, quando as canoas se encontram. Enric Vives-Rubio
Conseguir água potável é um desafio – a do rio pode ser purificada e limpa, mas isso não é suficientemente bom para ser bebida. A água para beber tem de ser trazida de fora. Enric Vives-Rubio
As mulheres da comunidade Añangu organizaram-se para montar uma mostra da sua cultura para os turistas, enquanto os homens trabalham no “resort” Napo Wildlife Center. Enric Vives-Rubio
Uma dança delicada em grupo, com as mulheres de saias azuis e camisas rosa com flores pequeninas, serve para dar as boas-vindas aos turistas. Enric Vives-Rubio
Olhos amendoados, cabelos lisos, muitos compridos e brilhantes, estatura pequena e robusta – assim são as mulheres kichwa, especialistas em fazer bijutaria da selva com sementes. Enric Vives-Rubio
Helena faz as honras da casa, mostra os instrumentos típicos da cozinha kichwa e como usá-los dentro da “maloca” (casa tradicional), à volta do fogo tradicional. Enric Vives-Rubio
Na comunidade Añangu, as crianças estudam em escolas pagas pelo lucro do hotel Napo Wildlife Center. Neste dia, estavam a fazer uma cama de contos de fadas em cartolina. Enric Vives-Rubio
Há 32 casas na comunidade Añangu. As pessoas não caçam, fazem agricultura só para consumo da família. As mulheres cultivam “yuca” (mandioca) e cuidam desta raiz dura para a transformar num elemento básico da sua alimentação – e também para fazer chicha, uma bebida fermentada. Já não são as mulheres que a mastigam para fermentar, agora usa-se uma levedura. Enric Vives-Rubio
A praça central da comunidade Añangu é um relvado que se transforma em campo de futebol no intervalo das aulas. Para ali vêm jovens de várias outras comunidades das redondezas, que ficam alojados em casas comunitárias. Há 102 jovens a estudar. Enric Vives-Rubio
As folhas, lianas e ramos mais inesperados esperam-nos a cada passo. Esta folha, ainda verde e suculenta, encontra-se mais frequentemente no chão ou na água, seca, dobrada como uma tigela ou vaso. Enric Vives-Rubio
Grandes, pequenos, de formas estranhas ou cores explosivas: o parque Yasuní é o local com maior biodiversidade de insectos do planeta. Enric Vives-Rubio
No Yasuní há muitas plantas que crescem noutras plantas – muitas são flores, como estas, que crescem sobre uma árvore. Enric Vives-Rubio
Uma árvore que lembra uma pata de dinossauro – muitas vezes nos sentimos remetidos para um mundo perdido, onde não estaria fora de cenário ver um focinho de dinossauro a espreitar por entre uma liana… Enric Vives-Rubio
Não se pode dizer que se viram borboletas até ter ido à Amazónia! Há-as de todos os feitios, cores e tamanhos, por vezes de branco integral, de um azul impossível, laranja e negro em recortes e padrões, a chover sobre nós ou ariscas, sempre um voo à nossa frente… Enric Vives-Rubio
Ao anoitecer, as aves contam cabeças, algures nas copas e nos ramos mais altos e escondidos. Podemos imaginá-los a chamarem-se uns aos outros. “Estás aí?” “Sim, estou, e tu?” “Eu, por cá, tudo bem.” Só que com sons que enchem os céus e afogam o silêncio. Enric Vives-Rubio
É uma jóia? Uma pregadeira, talvez? Não, um caimão nas águas escuras durante a noite, com uma luz forte a incidir na sua couraça, que o transforma numa criatura preciosa, objecto do tesouro dos incas que fizeram desta zona parte do seu império. Enric Vives-Rubio
Os macacos-esquilo têm medo de alguma coisa? Devem ter, certamente, mas dos humanos não aparentam ter. Nem à noite foge dos focos de luz – estão sempre prontos para o seu grande “close-up”. Enric Vives-Rubio
É de canoa a remos que se descobre a Amazónia, se corre pelas suas veias. Enric Vives-Rubio
Nas águas do rio Napo. Enric Vives-Rubio
Vista da lagoa do “resort” Napo Wildlife Center, a floresta é um mundo à espera de ser descoberto. Enric Vives-Rubio
O rio Napo, o maior afluente do Amazonas, tem uma zona de águas negras, com elevado grau de taninos. Aqui as águas são mais ácidas, há menos nutrientes e menos mosquitos. Enric Vives-Rubio
Em certas zonas, a vegetação cria túneis que geram um cenário algo fantasmagórico – um cruzamento entre o cenário de um filme de terror e outro passado no tempo dos dinossauros. Enric Vives-Rubio
“Quem são estes, o que querem daqui”, parece dizer este macaco-esquilo, que não deixa que a aproximação de uma canoa cheia de humanos perturbe a sua refeição. Enric Vives-Rubio
Cais dos sonhos? É o cais da partida das viagens de canoa no Napo Wildlife Center, numa manhã com nuvens e maré cheia. Enric Vives-Rubio
A passarada no céu, em fuga apressada – serão papagaios, talvez, afugentados por um grito de alerta: há um falcão nas redondezas. Enric Vives-Rubio
No fim de um trilho pela floresta, chega-se à beira do rio – e à luz. Quando se anda por entre as árvores, é muito provável que pouca luz chegue lá abaixo e se caminho à média luz. Enric Vives-Rubio