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Renovação do hotel Ozadi de Tavira recebe prémio ibérico de arquitectura

A biblioteca de Loures pertence à Congregação Religiosa Pia Sociedade de São Paulo, uma comunidade de 20 irmãos que vive numa quinta nos arredores de Lisboa. Segundo os arquitectos explicam na memórioa descritiva, a intervenção é feita no interior de um edifício anónimo típico dos anos 70.

A biblioteca, “que desempenha nesta comunidade um papel determinante”, é vista não só como uma área de trabalho, mas “como espaço de encontro da comunidade” e “de representação, onde pudessem ocorrer reuniões e encontros especiais”. Por isso, na definição do projecto, a importância da relação da comunidade "sugeria a necessidade de minimizar a presença da infraestrutura nova e expor os livros de forma a que estes envolvam os seus utilizadores”. Os arquitectos procuraram “simplificar as geometrias de uma construção banal” e “uniformizar o espaço tornando-o uno”, sendo “a diversidade e temperatura da sala proporcionadas pelas capas de livros”.

Além do presidente, o júri era ainda constituído por Ignasi Bonet, Agustí Costa, Mònica Rivera, Mariana Pestana (fez parte do projecto Homeland em Veneza, com curadoria de Campos Costa) e Gabriel Valeri.

O Prémio de Cidade e Paisagem 2015 foi para a Melhoria da Acessibilidade do Centro Histórico de Vitoria-Gasteiz, dos arquitectos Fernando Tauenca González e Jesús Leache Resano, "pela solução com uma visão sintética dos problemas da marcada tipografia da estrutura medieval da cidade e em concreto da envolvente do Seminário Velho". O Prémio FAD de Intervenções Efémeras foi para As Lágrimas de Santa Eulàlia, feita na Casa Padellàs (Barcelona), de Mariona Benedito Ribelles e Martí Sanz Ausàs com um grupo de estudantes de arquitectura. O Prémio de Pensamento e Crítica distinguiu também ex aequo as publicações periódicas Desierto e Quaderns d'Arquitectura i Urbanisme.

Paulo Moreira, com Casinha no Porto, e Inês Vieira da Silva e Miguel Vieira, dos SAMI Arquitectos, com Casa E/C, na ilha do Pico, eram os outros arquitectos portugueses finalistas na categoria de arquitectura.

No ano passado, foi João Pedro Falcão de Campos que ganhou na categoria de arquitectura com o percurso pedonal da Baixa ao Castelo de S. Jorge para o centro histórico de Lisboa. Carrilho da Graça (Pavilhão do Conhecimento) em 1999, Souto Moura (Estádio de Braga) em 2005, João Maria Ventura Trindade (Estação Biológica do Garducho) em 2009, Ricardo Bak Gordon (Casas de Santa Isabel) em 2011 ou Pedro Domingos (Escola Secundária de Sever do Vouga) em 2013 foram outros vencedores portugueses dos Prémios FAD de arquitectura.

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