Fugas - Viagens

  • Desde o ano
passado que
o Tons de
Primavera
inclui um
festival de
street art
dedicado
ao vinho e à
Primavera
    Desde o ano passado que o Tons de Primavera inclui um festival de street art dedicado ao vinho e à Primavera Martin Henrik
  • Viseu
    Viseu Martin Henrik
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    Viseu Martin Henrik
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    Viseu Martin Henrik
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    Viseu Martin Henrik
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  • Cava
de Viriato
    Cava de Viriato Martin Henrik
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de Viriato
    Cava de Viriato Martin Henrik
  • Câmara de Viseu
    Câmara de Viseu Martin Henrik
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Cem Réis
    a loja Cem Réis Martin Henrik
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Grão Vasco
    Museu Grão Vasco Martin Henrik
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Grão Vasco
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  • Restaurante Mesa de Lemos
    Restaurante Mesa de Lemos Martin Henrik
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    Restaurante Mesa de Lemos Martin Henrik
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    Restaurante Mesa de Lemos Martin Henrik
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    Restaurante Mesa de Lemos Martin Henrik
  • Pousada de Viseu
    Pousada de Viseu Martin Henrik
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    Pousada de Viseu Martin Henrik
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  • Quinta de Reis (Oliveira de
Barreiros).
    Quinta de Reis (Oliveira de Barreiros). Martin Henrik
  • Quinta de Reis (Oliveira de
Barreiros).
    Quinta de Reis (Oliveira de Barreiros). Martin Henrik
  • Necrópole
    Necrópole Martin Henrik
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    Necrópole Martin Henrik

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De Viriato à 'street art': o que Viseu andou para aqui chegar

E como falar de turismo em Viseu sem referir a Feira de São Mateus? Numa cidade que se tem vindo a reinventar também em termos de eventos, ninguém tira à mais antiga feira franca da península o título de maior do ano. Se calhar já não é na feira que se estreiam os casacos de Inverno (Agosto não é propício a tais vaidades), mas as enguias da Murtosa com batatas cozidas continuam a fazer parte da experiência, agora como há quatro gerações. “Não é nem festival de Verão nem feira medieval, é uma feira popular, urbana”, explica Jorge Sobrado. Há quem lhe chame “bimbolândia”, mas aqui há de tudo — tasquinhas tradicionais e gourmet, há ranchos folclóricos e pop-rock, há jogos tradicionais e cinema, há carrosséis e agora desenhos de luzes. Há um dia de Viriato que será uma semana e terá um espectáculo criado à medida pela ACERT.

Nos dias da feira, o funicular de Viseu, que une o morro da sé ao largo, está sempre lotado. Nos outros dias nem tanto, mas por aqui passou no Verão passado, a crer num dos controladores, o realizador norte-americano Michael Moore. Verdade ou mentira? É mais um dos mistérios de Viseu.

E ainda

Coração vinhateiro

Foi um caso de amor, é o que todos nos contam na visita à Quinta de Reis (Oliveira de Barreiros). Não nos cruzamos com o protagonista, Jorge Almeida Reis, que depois de uma vida dedicada à medicina decidiu entregar-se à sua paixão pelo vinho e tirou um curso de viticultura e enologia. A propriedade da família passou a dedicar-se quase exclusivamente à sua produção. São 15 hectares ocupados por castas maioritariamente tintas — ainda que os brancos comecem a ganhar terreno. A abrir-se ao enoturismo, a quinta vai oferecer passeios de coches pela propriedade, estreou uma sala de provas no antigo estábulo, e inclui uma visita à adega, que se situa no andar inferior da casa. Uma adega com história: foi escola primária feminina entre 1925 e 1950.

Estamos em plena região vinícola do Dão, berço da Touriga Nacional, na sub-região de Silgueiros, onde Celso de Lemos também decidiu cumprir o sonho de criar vinhos exclusivos. As vinhas vemo-las à noite, porque é ao Mesa de Lemos, o restaurante da quinta, edifício moderno de betão e vidro sobre o vale, que nos dirigimos. Espera-nos um jantar de degustação preparado pelo chef Diogo Rocha e a sua equipa e os seis pratos do menu são afinal 12, entre entradas e snacks, tudo harmonizado com vinhos da região.

Estas são duas das 12 quintas que participam na Festa das Vindimas, o momento alto de Visão versão cidade vinhateira, com eventos durante todo o ano. Na Primavera, há o Tons de Primavera, que sai à rua, no Inverno, o Vinhos de Inverno fica “à lareira”, no Solar de Vinho do Dão (no Oarque do Fontelo, local emblemático) e combina vinhos com literatura, num festival literário.

Megalitismo

Não é um facto muito conhecido, mas Viseu é parte importante da rota do megalitismo europeu. Tudo porque, explica Pedro Sobral, aqui se encontra uma concentração significativa de dólmens pintados. “Com gravuras aparecem em toda a Europa, pintados apenas no noroeste peninsular, na região de Viseu em particular.” Por isso, entramos no jipe para explorar a necrópole da Pedralta, onde já não veremos pedras pintadas (estão no Instituto Mendes Correia, no Porto), mas veremos ainda as mamoas que cobriam todos os dólmens originalmente. Porque se estamos habituados a vê-los descarnados, pedras em semicírculo com outra por cima, não foram assim construídos — mas as pedras ou terra que os cobriam foram desaparecendo ao longo de milénios.

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