Sem que os peçamos, são trazidos para a mesa queijos frescos, que não se provaram, e croquetes (0,85 euros cada) acabados de fazer, bem bons. Numa das vezes pediu-se, como entrada, isto é, sem o arroz de feijão do acompanhamento, umas pataniscas (8 euros), meia dúzia delas, com o q.b. de bacalhau, cebola e salsa, mais a farinha triga e ovos, que marcharam bem. A santola gratinada (11 euros), outra entrada, traz o marisco desfiado num bechamel bem feito e bem temperado, conjunto competentemente apurado no forno. Duas belas surpresas foram os dois pratos de peixe pedidos: os lombinhos de corvina (12 euros) dourados no azeite, fresquíssimos, ligeiramente passados por farinha, servidos com batatas a murro, mergulhadas em "molho fervido", isto é, fino azeite e alho; e raia (11,50 euros), muito fresca, servida em ponto impecável de cozedura igualmente em azeite aromatizado com alho, na companhia de boa batata cozida.
As carnes pedidas foram um simples entrecosto de porco no churrasco (9 euros) com arroz de feijão, costela apenas temperada com sal grosso, muito bem grelhada, arroz ligeiramente amalandrado, de bom tempero e excelente ponto de cozedura; o cabrito assado no forno (13,50 euros) mais as batatinhas da ordem e grelos cozidos foi o que menos entusiasmou, por o bicho já ser um tanto namoradeiro e o tempero algo inocente; muito bem, no entanto, o coelho manso frito (9,60 euros), bem temperado com alho e sal, pelo menos, fritura competente, servido na companhia de batata cozida e fatias de pão de trigo fritas; finalmente, muito boa a carne de alguidar com linguiça (9,50 euros), com tempero mais próximo do da carne de porco à moda das Mercês (marinada de vinho branco, alho e colorau, em vez da massa de pimentão como se usa no Alentejo), enchido de grande categoria, batata e grelos cozidos a acompanhar. Bom melão (2,60 euros), um "tiramissu" de Io Apolloni (3,70 euros), fofinho, docinho, com um delicado sabor de café e um dulcíssimo "miss daisy" (3,10 euros), natas, ananás, bolacha esmagada (pareceu), açúcar e uma capinha de caramelo. Numa das refeições bebeu-se o branco Cartuxa de 2007 (19 euros), com frescura e corpo muito atraentes; na outra, o branco Duas Quintas 2008 (14 euros), que está excelente; e o tinto Borba Reserva 2005 (19 euros), muito harmonioso, bem evoluído, que dá um grande prazer a beber.
Fica, então, dada notícia deste restaurante Casa do Victor, onde também se podem comer, entre muitos outros, arrozes variados, açordas de mariscos, arroz de pato, chispe com feijão branco, cabidelas, coisas da apaladada e rija cozinha tradicional portuguesa. Em bom ambiente e a bons preços.
- Nome
- Adega Típica Casa do Víctor
- Local
- Cascais, Alcabideche, Largo 5 de Outubro
- Telefone
- 214690305
- Horarios
- Domingo, Segunda-feira, Terça-feira, Quinta-feira, Sexta-feira e Sábado das 12:00 às 15:00 e das 19:00 às 23:00
- Website
- http://www.casadovictor.com
- Preço
- 20€
- Cozinha
- Portuguesa
- Espaço para fumadores
- Não