Fora da alcáçova (e do convento), os visitantes têm livre-trânsito: para circular no pátio e descer à almedina (por onde se acedia directamente pela chamada Porta do Sangue), onde se localizou primeira povoação de Tomar - pós-romana, pelo menos. Quando se dá a conventualização, com D. Manuel I, a população é obrigada a sair, e hoje passeamos pela antiga rua principal coberta por caramanchão, vemos a porta dos Cavaleiros (de acesso ao pátio) entaipada e distinguimos as casas pelas marcas da muralha - está tudo coberto de vegetação.
Não é apenas um conjunto arquitectónico belo: este Castelo de Tomar era resistente (afinal, era castelo de fronteira). Teve prova de fogo em 1191, quando os exércitos de Al-Mansor o cercaram durante cinco dias. E teve voto de confiança de D. Sancho I, que ali guardou parte do tesouro régio. Agora, é ele próprio um tesouro - e constitui, com o Convento de Cristo, Património da Humanidade da UNESCO.