Fugas - dicas dos leitores

Cház, arte, bar, cultura

Por Isadora Freitas

Em tempos de mal-dizer, nada melhor do que fugir para onde só música e chá despertam os nossos sentidos. O calendário aponta dias ainda invernosos mas o sol lembra-nos, dia sim dia sim, que a Primavera não tarda a soprar os seus ventos de mudança.

O meu segredo para hoje é o Perlimpimpim, que dizem ser um "cantinho mágico". Magia não é arte que me encante mas a música é e essa, sim, posso dizer ser mágica. No Perlimpimpim, os sons são mágicos. Ben Harper, Beirut, Diabo na Cruz... São diferentes os géneros mas igual a sensação de paz que fazem ecoar pelo espaço.

Em dias que lembram o Verão, os chás gelados levam-nos a viajar por países onde a cada passo há uma árvore em que crescem frutos da mais exótica variedade. Em dias fechados, um chá quente de folhas de girassol e somos felizes por um momento preso no tempo, eternizado pela sensação de leveza que em mais nenhum local nos invade de forma tão intensa. Hoje e sempre sei que ali tenho um porto de conforto e inspiração que não podia estar mais longínquo do tema "crise", do tema "desesperança".

É uma fuga de fácil execução, verdade, mas não se deixem enganar: tem a mesma pitada de entusiasmo que qualquer visita a paisagens distantes. Fica algures entre as praias de Aveiro, de fachada branca e parapeitos em tons lilás. Não me perguntem o número da porta ou a localidade. Não queiram saber tudo... Procurar faz parte da fuga. Procurar é o segredo para a surpresa e a surpresa o elemento-chave para a fuga perfeita...

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