A decisão de banir todas as companhias moçambicanas ficou a dever-se às "significativas deficiências encaradas pelas autoridades de aviação civil no país, tal como foi reportado pela International Civil Aviation Organization (ICAO), no âmbito da sua auditoria sobre supervisão e segurança", referiu ontem Bruxelas, em comunicado.
Mas a LAM poderá manter a ligação Maputo-Lisboa, uma vez que não a realiza com equipamento próprio, mas sim por via de um acordo de aluguer de equipamentos e tripulação com uma empresa nacional, a Euroatlantic. O presidente desta empresa, Tomaz Metello, afirmou ontem à Lusa que a entrada da LAM na "lista negra" não vai afectar a operação para Portugal, explicando que "a responsabilidade operacional" cabe à Euroatlantic, que está autorizada a voar na Europa. "É uma companhia europeia com todos os requisitos solicitados", acrescentou.Com a revisão da "lista negra" da UE, 269 companhias de aviação provenientes de 21 países passaram a estar proibidas de entrar em espaço aéreo europeu. Afeganistão, República do Congo, Sudão e Zâmbia são alguns dos casos em que todas as transportadoras foram banidas. Há também situações em que apenas uma parte das companhias dos países incluídos na "lista negra" foi impedida de voar, como a Indonésia ou o Cazaquistão. E há ainda dez casos em que as transportadoras podem voar, mas sob fortes restrições, como acontece com a angolana TAAG.