Fugas - notícias

  • Marco Sabadin/AFP
  • Manuel Silvestri/Reuters
  • Manuel Silvestri/Reuters
  • Andrea Pattaro/AFP
  • Manuel Silvestri/Reuters
  • Manuel Silvestri/Reuters
  • Manuel Silvestri/Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Manuel Silvestri/Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Stefano Rellandini / Reuters
  • Manuel Silvestri/Reuters
  • Manuel Silvestri/Reuters

Veneza fecha portas aos cruzeiros gigantes

Por AFP

A partir de 2014, Veneza colocará sérias limitações aos megacruzeiros, reduzindo ou mesmo banindo a passagem das mais gigantes destas embarcações.

O Governo italiano proibiu a passagem de navios de cruzeiro gigantes em frente à praça de São Marcos, em Veneza, a partir de Novembro de 2014, após protestos e polémicas provocados pelos riscos que representam para o frágil ambiente desta cidade erguida sobre as águas.

As embarcações deverão passar por um novo canal, anunciou o Governo após uma reunião de ministros com as autoridades locais envolvidas.

Os navios com mais de 96 mil toneladas deixarão de entrar no Grande Canal, o que representa uma redução de cerca de 45% das embarcações que passam em frente à célebre praça veneziana.

Segundo cálculos do jornal "Il Corriere della Sera", será impedida a passagem de um total de 300 enormes embarcações.

As autoridades limitarão a cinco o número dos megacruzeiros com autorização de ancorar durante o dia em Veneza, os quais só poderão zarpar em horários precisos, ao amanhecer ou à noite.

Ver passar navios altos como prédios a poucos metros de locais excepcionais, como a Praça São Marcos ou a Ponta da Alfândega (Punta della Dogana), era preocupante.

A partir de Janeiro, será reduzida também a circulação de ferrys pelo canal da Giudecca, o que reduzirá a contaminação em toda a cidade, segundo o Governo.

O presidente da câmara de Veneza, Giorgio Orsoni, manifestou-se satisfeito com a decisão: “Pela primeira vez, o Governo intervém com medidas concretas”, afirmou Orsoni, manifestando dúvidas sobre a construção do novo canal para navios gigantes.

Para Silvio Testa, do Comitê “Não aos grandes navios” (No Grandi Navi), trata-se de “uma vitória”. Ainda assim, anunciou que a batalha prosseguirá para impedir que se construam novos canais e terminais marítimos que multiplicam o tráfego pela lagoa veneziana.

Há uma forte controvérsia entre os defensores do património de La Sereníssima, preocupados com o impacto destes navios no meio ambiente e os partidários destes gigantes dos mares, que representam lucros elevados para a economia de uma cidade que vive fundamentalmente do turismo. A empresa Cruise Venice, que organiza os cruzeiros, manifestou a sua oposição à medida acrescentando que a cidade perderá enormes receitas.

--%>