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Sagres Clássica: produzida localmente vai posicionar-se no segmento premium em formato de 600 ml.

Sagres Clássica: produzida localmente vai posicionar-se no segmento premium em formato de 600 ml. DR

Cerveja Sagres adapta-se para conquistar o Brasil

Por Ana Rute Silva

Heineken Brasil arrancou com produção da cerveja portuguesa adaptada ao gosto local. Está a ser produzida em parceria com a multinacional holandesa, dona de 100% da Sociedade Central de Cervejas.

A Heineken Brasil está a produzir desde Junho, e pela primeira vez, cerveja Sagres. As primeiras garrafas já estão a ser vendidas no Rio de Janeiro.

Em comunicado, a Sociedade Central de Cervejas (SCC), 100% detida pela multinacional holandesa, avança que a Sagres foi adaptada para agradar ao gosto local, mais adepto de bebidas “de amargor mais subtil” e será vendida com o nome de Sagres Clássica.

No Brasil, a marca portuguesa produzida localmente vai posicionar-se no segmento premium em formato de 600 ml. Ao PÚBLICO, Nuno Pinto Magalhães, director de comunicação e relações institucionais, sublinha que o lançamento da Sagres no mercado brasileiro só é possível graças à “plataforma de produção e distribuição local” proporcionada pelo grupo Heineken.

Até agora, a SCC enviava cerveja para o Brasil, mas em quantidades “residuais” até porque, diz Nuno Pinto de Magalhães, “as taxas de importação são altíssimas e proibitivas”. O responsável de comunicação da SCC não adiantou o volume de produção actual e disse que não está prevista, por enquanto, a produção local de outras marcas portuguesas ou variedades de cerveja.

“O nosso foco é o Estado do Rio de Janeiro e a ideia é estarmos em botecos de referência, um conceito muito próprio associado ao petisco e que é frequentado por muitos brasileiros que gostam da cultura e da comida portuguesa”, afirmou. Sem querer adiantar mais detalhes sobre o plano de vendas para o Brasil, Nuno Pinto de Magalhães diz que o “Rio de Janeiro vai ser uma boa montra” para a nova cerveja. A empresa lançará uma campanha de publicidade nos bares e também na Internet.

A produção local tem sido a solução encontrada pelos cervejeiros nacionais para conseguirem furar o apetecível mercado brasileiro. Depois de um projecto-piloto que arrancou ainda no final de 2013, a Unicer, dona da Super Bock, e um parceiro local, a empresa Riograndense, iniciaram a produção industrial no início de 2014, numa operação que tem como meta chegar aos dez milhões de litros em cinco anos.

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