Fugas - restaurantes e bares

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Comer saudável sem esquecer a cozinha tradicional

Por Bárbara Wong

Restaurante Open Brasserie estreia carta de Inverno com sabores típicos.

A festejar o quinto ano de vida, o restaurante Open Brasserie Mediterrânica é o primeiro glúten-free certificado pela Associação Portuguesa de Celíacos e a sua carta está vocacionada para oferecer refeições a pessoas intolerantes ao glúten, à lactose e a celíacos. Para isso, na carta, atrás de cada um dos pratos, das entradas às sobremesas, são vários os símbolos impressos para que os clientes saibam o que podem comer.

Mas não é por ser uma carta - a de Inverno foi estreada em meados deste mês - a pensar num público mais específico que o restaurante, situado no rés-do-chão do Inspira Santa Marta Hotel e com porta para a rua, só recebe esses clientes. Pelo contrário, uma vez que a sua inspiração está nos sabores típicos portugueses, nos ingredientes e nas técnicas que remetem para o seu nome, ou seja, mediterrânicas, todos são convidados a experimentar. E a maioria, ao almoço, não são clientes do hotel; já ao jantar, 55% é da casa.

Para fazer a nova carta de Inverno, o chef João Silva inspirou-se em sabores típicos portugueses. Os peixes da época e provenientes da costa portuguesa, as carnes como o vitelão dos Açores, ou os pratos vegetarianos e vegan feitos com produtos frescos, sazonais e produzidos localmente são as suas opções com o objectivo de reduzir a pegada ecológica. Aliás, a preocupação social está também na água que é vendida no restaurante, em garrafas simples de vidro e cujos lucros revertem para a Pump Aid, uma organização não governamental que constrói bombas de água em países africanos.

Voltando aos pratos propostos para o jantar - o almoço é feito à base de buffet com entradas, um prato principal à escolha que é confecionado e servido no momento e sobremesas -, os seus ingredientes são menos conhecidos para quem está pouco familiarizado com uma cozinha que está na moda por ser mais saudável. O que é o topinambur? É uma raiz oriunda da América do Norte, cujo feitio lembra o gengibre, mas o sabor não. Com ela, o chef faz um creme delicioso com escabeche de cogumelos que é servido à mesa, a partir de um bule.

À excepção deste creme, as outras entradas lembram o país de Norte a Sul, das vieiras com migas crocantes em tinta de choco e tomate seco à codorniz e castanhas de Trás-os-Montes, passando pelo crocante de queijo de cabra "Granja dos Moinhos", mel, beterraba e pêra assada.

Depois, os pratos são também típicos, mas sempre com uma surpresa. O puré de batata foi substituído pelo puré de aipo ou pela polenta. Sem esquecer os risotos e a quinoa.

As sobremesas também são tipicamente portuguesas, mas com um toque de modernidade. Por exemplo, o creme brulée de citronela, a mousse de chocolate biológico com praliné de avelã e gelatina de framboesa, a banana da Madeira crocante com caramelo salgado e gelado de iogurte, ou o trio de sobremesas com pudim Abade de Priscos, pêra bêbada em Moscatel e papos de anjo.

O restaurante, tal como o hotel, foi decorado com base na filosofia chinesa do Feng Shui e, por isso, tem um ar harmonioso, simpático, confortável e que convida a ficar.

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