Fugas - Viagens

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Na Capital Europeia da Juventude o futuro faz-se à sombra de Deus

Há sete anos a viver em Braga, Helena Gomes, 32 anos, também decidiu inovar: há oito meses abriu o primeiro hostel de Braga, o Pop, com o namorado. A ideia começou a germinar com as suas andanças pelo couchsurfing, desenvolveu-se com a sua insatisfação profissional (é veterinária, com pós-graduação nos EUA) e ganhou impulso com a CEJ. "Íamos abrir de qualquer forma, a capital apenas alterou os timings." Na sua opinião, tudo justificava esta abertura: não existia nada do género, Braga é uma cidade jovem e com potencial turístico. "Em tempos de crise pensamos: o que vou fazer para sair dela?". "Vou criar negócio. e ver como corre."

Se Braga está a mudar, está a fazê-lo, desta vez, sem interferências de poderes organizados. "É a iniciativa privada", dizem todos, a que está a mexer com o status quo. Ainda que a centenária Brasileira continue a ser um dos pontos favoritos de encontro -- e porque não? É central e foi renovada. O mesmo se espera que aconteça com o centro histórico. A renovação já começou, a todos os níveis, mas os seus protagonistas e observadores esperam mais. "É porque gostamos de Braga que somos tão críticos", afirma Alexandre Fernandes, 36 anos, designer de comunicação. Viveu durante um ano no centro histórico de Braga e, nota o movimento, ainda que tépidotíbio, de regeneração, uma das bandeiras da CEJ, que aposta em atrair jovens para o habitar. Há edifícios em recuperação, uma nova zona de bares... E também o lado da moeda que só os habitantes entendem: as rendas são altas, o barulho pode ser demasiado, não há estacionamento.

É difícil agradar a todos e nesse aspecto também Braga não é uma cidade pacífica. Helena Gomes já percebeu a dinâmica. "As pessoas daqui são altamente críticas", considera, "os hóspedes vêem uma Braga diferente. Gostam da cidade, do seu valor patrimonial e histórico, e da vida que sentem." Alexandre concordaria: "Braga é uma boa cidade para visitar, para viver não é para todos." O turismo agradece todas as contradições de Braga: elas fazem o charme da cidade, onde a religião pode ser pretexto mas nem sempre o fim. Por todos os que vão enchemr devotamente as ruas durante a Semana Santa, há aqueles que, por exemplo, até torcem o nariz a umaà sugestão de visita ao Bom Jesus, porque o reduzem ao turismo religioso, e depois se lhe rendem. ficamvoltam rendidos ao conjunto monumental e ao seu cenário natural.


A Sé de Braga e a movida

Quem chega por poucos dias, dificilmente consegue não se encantar com a mistura constante entre o antigo e o moderno, o profano e o sagrado, enquanto caminha pelo centro daa cidade que se dá a conhecer no seu centro assim -- a pé ou de bicicleta (ainda são poucas, mas vimos várias para alugar). Passamos por lojas locais e por franchises, encontramos Prada e Miu Miu na montra da Janes e, mesmo em frente, e a barbearia tradicional Fernando Matos. As paramentarias continuam abundamntes (afinal, aqui nunca estamos muito distantes da próxima igreja -- e até há uma nova pequena capela recente, a Árvore da Vida, no Seminário Conciliar de Braga, em estilo minimalista e despojado, na mira de prémios de arquitectura) emas o Café Lusitana vestiu-se de novo.

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