Fugas - Viagens

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Na Capital Europeia da Juventude o futuro faz-se à sombra de Deus

O fim-de-semana é a altura em que mais jovens desaguam no centro. À noite, pode ser difícil estacionar nas imediações, dizem-nos; e o domingo à tarde é uma enchente de casais com carros de bebés, conta Rafael Oliveira. Ironicamente, o comércio está fechado, nota Luís Tarroso. Mas todos parecem concordar que Braga mudou muito nos últimos anos (e não só porque as vitórias do S. C. Braga tiraram o "braguismo" do armário) e todos esperam que esta "nova vaga" de dinamismo tenha continuidade. Helena Gomes é optimista: "Consigo ver jovens aqui, não é campanha da CEJ. Braga está a descobrir que tem potencial de existir além de dormitório." "Tem bons preços, boas acessibilidades, bons espaços verdes", enumera Rafael Oliveira, que, quando veio, há dez anos, apanhou o slogan "É bom viver em Braga". Na altura duvidou, agora nem por isso.


As várias caras de Braga, Augusta ou Barroca


Bracara Augusta

Sempre que se escava um buraco na cidade, encontram-se ruínas. Romanas, em grande parte, mas não só: durante a construção da nova estação ferroviária foi descoberto um balneário pré-romano que agora está aberto ao público. Já há anos que se vai às Frigideiras do Cantinho não só pelas iguarias, mas também pelas ruínas de uma villa romana que podem ser vistas para lá do chão, transparente. Não muito distante, a Junta de Freguesia da Sé esconde mais ruínas, recentemente musealizadas, que podem também ser observadas do restaurante Brac, o "Domus da Escola Velha da Sé". A Fonte do Ídolo, na Rua do Raio, do início do século I, e as termas do Alto da Cividade, do século II, são os dois locais de Bracara Augusta mais conhecidos.

Cidade dos arcebispos

A história de Braga está indelevelmente ligada ao poder religioso e foi este que deu o rosto à cidade. O seu maior símbolo é a sé, a mais antiga catedral portuguesa - "mais velho do que a Sé de Braga" resume o quão entranhada está a sua antiguidade no imaginário nacional - para uma diocese ainda mais antiga: a consagração foi no século XI, a diocese vem do século V. Nasceu românica para aglutinar todos os estilos arquitectónicos desde então e alberga alguns tesouros, entre eles os túmulos do conde D. Henrique e de D. Teresa, pais de D. Afonso Henriques. Testemunho da glória e riqueza dos arcebispos é o Paço Arquiepiscopal, também ele um repositório de movimentos arquitectónicos que se consolidaram em diversas alas, onde actualmente funcionam vários serviços públicos.

Capital do Barroco

O estilo Barroco deixou abundantes marcas na cidade, sobretudo pela mão de dois arquitectos, André Soares e Carlos Amarante, principais obreiros da Braga barroca que encontra espelho majestoso em edifícios. Entre estes, destacam-se o Palácio do Raio, fachada de azulejos azuis e brancos e cantaria exuberante, ou, mais discreto, o edifício da Câmara Municipal. Na arquitectura religiosa, o barroco descobriu grandiosidade: vejam-se as igrejas de São Marcos ou dos Congregados, dois rostos distintos deste. Referência incontornável na cidade - e no barroco a nível europeu - é o Santuário do Bom Jesus. O seu conjunto monumental começa na escadaria emblemática, com a sua via-sacra, e é coroado com a igreja concluída no início do século XIX, tendo servido de modelo a vários outros templos, em Portugal e no Brasil.

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