Noutro patamar culinário as pequenas doses de arroz de lavagante, com amêijoas, e de açorda de camarão (puxadinha de sal), igualmente irresistíveis. Acompanharam com Muros Antigos, um Alvarinho de 2009 pleno de força e juventude.
Um flan de chã verde Gorreana, crocante de amêndoa, sopa de frutos e gelado de cerveja (2,60/4,50 euros) completaram a refeição, que incluiu ainda os cafés e rondou os 50 euros por cabeça. Há mais barato, só que não tão bom. Tal como costumava dizer o saudoso David Lopes Ramos. Além da cerveja, apenas Sagres e Bohemia, há uma boa oferta de vinhos - 32 brancos, 22 tintos, dois rosés e nove espumantes/champanhes - com a originalidade de a carta estar impressa nos toalhetes de papel.
Para além do gozo dos petiscos que nos impelem a saborear com pão e à mão, a Cervejaria da Esquina é um lugar de evocação e de celebração gastronómica. Há o talento, a competência e a criatividade de Vítor Sobral, mas também a genuína memória das históricas cervejarias de Lisboa.
Mais importante de tudo é ainda a preservação da tradição petisqueira, neste caso marinheira, tanto no que toca à oferta de produtos como à sua confecção. Mais a mais quando tudo isto contrasta flagrantemente com a onda destruidora dos fritos e comidas rápidas que invadiu os snacks e as velhas cervejarias. Sendo um espaço onde não entra tal tipo de destruição, é mesmo caso para dizer "résvés Campo de Ourique", frase que ficou célebre quando o terramoto de 1755 devastou a cidade até aos limites do bairro, que ficou intacto.
- Nome
- Cervejaria da Esquina
- Local
- Lisboa, Santo Condestável, Rua Correia Teles, 56 (Campo de Ourique)
- Telefone
- 213874644
- Horarios
- Terça a Sexta das 12:30 às 15:30 e das 18:00 às 01:00
Sábado e Domingo das 13:00 às 17:00
- Website
- http://www.cervejariadaesquina.com/
- Preço
- 40€
- Cozinha
- Portuguesa