Nos doces, a temática e delicada "mousse de casta arinto" (3,90 euros), de ligeiro sabor vínico e enriquecida com passas brancas trituradas, é uma opção original a contrastar com um típico e bom "arroz doce" (3,50 euros), cremoso e alvo (sem ovos), ou o "pudim da adega" (3,90 euros), na clássica versão de ovos mas guarnecido com pão. A fechar, um datado "café de peúga" mantido quente numa belíssima cafeteira de inox, que não trazia a valorizada espuma (claro), mas cumpriu bem a função digestiva de trancar a refeição, e acrescentou mais um pormenor à lista.
O chef Viegas trouxe para terra a experiência acumulada em cruzeiros, segundo consta, e demonstra domínio do fogo e do tempo na qualidade dos pratos. O espaço está bem pensado, com um acolhimento simpático, e um serviço prestável e esclarecido. A experiência é ainda valorizada pelo tal conjunto de detalhes, que ajudam a criar memórias boas ou más, como uma da primeira visita: o fumo "sebastiânico" que invadia a sala e a roupa com odores indesejados e que quase arruinava todos os pontos positivos a enaltecer no espaço. A questão parece estar felizmente resolvida, o que indicia a vontade que há em dar a esta Adega Victor Horta a mesma longa vida que fez do edifício onde se encontra património classificado.
Ficam a ganhar os lisboetas e os turistas que por ali deambulam entre a Casa dos Bicos e o Museu do Fado e gostam de parar para petiscar numa casa portuguesa, antes de irem ouvir o fado clamar das entranhas de Alfama.
- Nome
- Restaurante Adega Victor Horta
- Local
- Lisboa, Santo Estêvão, Rua do Cais de Santarém, 8
- Telefone
- 218825082
- Horarios
- Segunda a Sábado das 14:00 às 19:00 e das 19:30 às 00:30
- Website
- https://www.facebook.com/Adega.Victor.Horta
- Preço
- 25€
- Cozinha
- Trad. Portuguesa