Escudo dinâmico, Dynamic Shield, no original. É assim que a Mitsubishi designa a nova identidade visual do Outlander, que passa por uma grelha redesenhada que promove a ideia de uma frente unificadora. Mas as novidades não se ficam por aqui: de acordo com a fabricante nipónica, há a registar mais de cem intervenções e uma melhoria quer nos consumos quer nas emissões de partículas. Os Outlander são agora todos Euro 6.
Três anos após o seu lançamento, o Outlander viu as suas vendas mundiais subirem além da fasquia das 300 mil unidades, com perto de 95.000 vendas na Europa. E, nesta operação habitual de meio ciclo de vida, a marca sedeada em Tóquio optou por também intervir nalguns pontos cruciais para manter este SUV do segmento D na corrida. Assim, dentro desta operação que a marca de Tóquio sublinha ser mais que um facelift, o Outlander estreia uma frente que integra agora dois boomerangs que parecem esticar o carro para a frente e que reforçam a segurança dianteira. A nova identidade visual que, de acordo com o presidente da Mitsubishi, Testuro Aikawa, passa por valorizar a máxima de ‘a Forma segue a Função’, será gradualmente aplicada a toda a gama. Além da frente, o Outlander adoptou o pára-choques de protecção lateral do Pajero, que proporciona uma sensação de segurança aos ocupantes.
Visualmente, o trabalho seguiu o sentido de dar ao Outlander uma figura que parecesse mais larga, mais comprida e mais baixa, numa resposta às críticas de que a sua aparência seria “aborrecida”. E não se fica por aqui: nesta missão de “à mulher de César não basta sê-lo”, as jantes foram redesenhadas para que os pneus pareçam mais cheios e mais rígidos. Isto aliado a uma suspensão independente reforçada nos apoios, quer através da utilização de um metal de calibre mais espesso quer por reforços adicionais em pontos estratégicos, permite um maior conforto a todos os passageiros em viagem. As suspensões foram desenhadas para absorverem melhor as irregularidades e, tirando partido dos vários reforços nos pontos de junção, regista-se uma significativa redução do ruído e das vibrações.
Para este resultado contribuem também os materiais usados, quer pela estrutura, em que se recorreu a mais aços leves, quer pelo interior, em que é notório o esforço para colocar o luxo num patamar acima ao Outlander de 2012. O habitáculo está mais acolhedor, reivindicam, sendo possível observar um novo volante (com possibilidade de ser aquecido), novos bancos, diferentes acabamentos nos encostos de cabeça e no Pilar A, um almofadado mais suave na tampa da consola central, assim como uma consola redesenhada. Especificamente no PHEV há novos estofos mais desportivos com inserções tipo camurça, um volante de quatro raios com grip de alta aderência e acabamento em pele e comandos de controlo.
Apesar da estrutura mais rígida e do reforço da suspensão dianteira, a Mitsubishi alega ter conseguido controlar o aumento de peso, o que se reflecte nos números: o consumo manteve-se, assim como as emissões de CO2, mas a emissão de partículas, nomeadamente os óxidos de azoto (NOx) em que incide a directiva europeia Euro 6, baixou de 139 mg/km para 51,9 mg/km. O feito foi conseguido pela introdução de um catalizador electrónico que funciona como uma armadilha para partículas.