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A água salgada deu a João Rodrigues o título de Melhor Bartender de Portugal

Começa a última prova. Atrás do separador que divide a área onde se encontra o bar das provas da zona onde estão os finalistas a acertar os últimos aromas, já se vê fumo, já se sentem perfumes.

André Martins, dono do BAR, no Porto, convida os júris a dançar enquanto prepara as suas primeiras bebidas, nas quais usa canela e mel. Mas foi o gengibre o ingrediente rei, “por ser adocicado e picante”. No último minuto acendeu um charuto enquanto os mestres avaliavam a última bebida da sua participação.

Seguiu-se Daniel Carvalho, que com uma música romântica recriou Nice, pediu para imaginarmos um passeio de mãos dadas pela cidade francesa e serviu um cocktail fresco. A surpresa de Daniel, do Classe Bar, foi a fava tonka. Apresentou-a na bebida e numa pequena mousse, em tons dourados “para lembrar a luxúria”.

Já Sandro Pimenta foi apontado pela maioria dos colegas como o possível vencedor. Demorou seis minutos e pouco a terminar a última prova. O bartender do Farol Design Hotel Cascais escolheu um puré de maçã e amoras como o ingrediente principal do cocktail que criou.

No entanto, João Rodrigues, do Colombus Cocktail & Wine Bar, acabaria por ser o único finalista a aguçar a curiosidade dos quatro jurados para provarem a sua bebida – esta prova só era avaliada por dois deles. À Fugas, João, que acabaria por vencer a competição, adiantou que talvez tenha sido a água salgada a despertar a atenção no seu cocktail. “Foi nisso que apostei.”

O penúltimo bartender em prova, Marco Monteiro, do Bon Vivant, em Lagos, serviu o seu cocktail dentro de um aquário com três peixes. Numa concha dourada, os júris tinham comida para alimentar os animais enquanto apreciavam a bebida. “A ideia foi criar sensações”, explicou o bartender

O júri, até então de fato e sapatos, era agora convidado por Ricardo Mendes a calçar uns chinelos. Colocou-lhes coroas de flores na cabeça e pediu que imaginassem um fim de tarde na praia, depois do escritório. O bartender do Vestigius Lisboa apresentou a chia que, embora sem sabor, cria goma e dá textura. “Superei as minhas próprias expectativas”, comentou, a propósito.

Terminavam assim as provas e fomos descansar pelo jardim enquanto se esperava o momento alto da noite: o anúncio do vencedor que, no mês de Agosto, vai juntar-se aos cerca de 50 vencedores mundiais num bootcamp onde poderão melhorar a sua técnica e os seus conhecimentos. Depois disso, em Setembro, voltam a reunir-se em Miami para dias de competição intensa, onde será consagrado o Melhor Bartender de todo o Mundo.

Este é o segundo ano em que a World Class conta com a participação de Portugal. “Ainda estamos a passar por um período de adaptação, mas a cultura do gin abriu-nos a porta como bartenderes. Os consumidores portugueses começam a apreciar os pormenores da elaboração de uma bebida, às vezes dizem-me que posso ficar a refrescar o copo e passar a bebida pela colher porque eles têm tempo e querem tudo como deve ser, já começamos a aperceber-nos que há uma maior valorização do nosso trabalho”, comentou à Fugas José Robertson, vencedor 2015.

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