Fugas - Viagens

  • Otava
    Otava Nuno Ferreira Santos
  • Otava
    Otava Nuno Ferreira Santos
  • Otava,  Chama do Centenário, foi acesa em 1967 para comemorar o 100º aniversario da Confederação do Canada.
    Otava, Chama do Centenário, foi acesa em 1967 para comemorar o 100º aniversario da Confederação do Canada. Nuno Ferreira Santos
  • Otava,  Mercado ByWard,  o mais antigo mercado do Canada
    Otava, Mercado ByWard, o mais antigo mercado do Canada Nuno Ferreira Santos
  • Otava, Mercado ByWard,  o mais antigo mercado do Canada
    Otava, Mercado ByWard, o mais antigo mercado do Canada Nuno Ferreira Santos
  • Otava
    Otava Nuno Ferreira Santos
  • Montreal, Québeque
    Montreal, Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Montreal, Québeque
    Montreal, Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Montreal, Québeque
    Montreal, Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Montreal, Québeque
    Montreal, Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Montreal, Québeque
    Montreal, Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Québeque
    Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Québeque
    Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Québeque
    Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Québeque
    Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Québeque
    Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Québeque
    Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Québeque
    Québeque Nuno Ferreira Santos
  • Toronto
    Toronto Nuno Ferreira Santos
  • Toronto
    Toronto Nuno Ferreira Santos
  • Toronto
    Toronto Nuno Ferreira Santos
  • Toronto,  Zona do St. Lawrence Market
    Toronto, Zona do St. Lawrence Market Nuno Ferreira Santos
  • Toronto
    Toronto Nuno Ferreira Santos
  • Toronto
    Toronto Nuno Ferreira Santos
  • Toronto
    Toronto Nuno Ferreira Santos
  • Toronto
    Toronto Nuno Ferreira Santos
  • Toronto
    Toronto Nuno Ferreira Santos
  • O arquipélago das mil ilhas na regiã de Kingston no rio São Lourenço
    O arquipélago das mil ilhas na regiã de Kingston no rio São Lourenço Nuno Ferreira Santos
  • Nuno Ferreira Santos
  • Nuno Ferreira Santos
  • Nuno Ferreira Santos
  • Nuno Ferreira Santos
  • Nuno Ferreira Santos
  • Nuno Ferreira Santos
  • Nuno Ferreira Santos
  • Saguenay
    Saguenay Nuno Ferreira Santos
  • Saguenay
    Saguenay Nuno Ferreira Santos
  • Niágara
    Niágara Nuno Ferreira Santos
  • Niágara
    Niágara Nuno Ferreira Santos
  • Niágara
    Niágara Nuno Ferreira Santos

Continuação: página 2 de 8

Canada, I love you. Canada, je t’aime

E já que estamos em Otava, podemos continuar por lá. Até porque Otava, a capital do país, coloca-nos exactamente entre a província do Quebeque, tradicionalmente mais ligada à França e onde o francês ainda é a primeira língua, e a província de Ontário, inglesa, o motor económico do país, com Toronto a erguer-se bem acima de qualquer outra cidade canadiana, em termos económicos e arquitectónicos, com arranha-céus que continuam a crescer como cogumelos.

Quando chegamos a Otava ainda não estamos em Otava, mas em Gatineau, a cidade irmã, do outro lado do rio Otava. Gatineau ainda está na província do Quebeque. Cruzamos a ponte e entramos em Ontário. Mas do lado de cá da ponte, ainda em terras quebequenses, está o Museu da História Canadiana. Se puder, explore-o, mas se não tiver tempo, admire pelo menos as formas arredondadas idealizadas pelo arquitecto Douglas Cardinal e procure encontrar na fachada principal a cabeça de águia que é, afinal, toda a estrutura de acesso ao interior. E dê mesmo um salto lá dentro para espreitar, pelo menos, a Grande Galeria, com o seu tecto a fazer lembrar uma canoa índia e onde está a maior colecção de totens do mundo — sim, aqueles pilares altos de cores vibrantes, esculpidos com rostos humanos e de animais, são originais. 

Antes de cruzar a ponte, vá às traseiras do museu e contemple Otava. À sua espera está uma da mais belas vistas da cidade, com os edifícios neogóticos da Colina do Parlamento a recortarem-se no horizonte, o Canal Rideau à sua esquerda e o verde a delinear as margens do rio. É ali que muito do que acontece no país se decide. E é ali, em Otava, a cidade que a rainha Victória escolheu para ser a capital do território, em 1857 (e que continuaria capital do país independente a partir de 1867), que o carismático primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, de apenas 44 anos, eleito pelo Partido Liberal, gere o destino do país desde 2015.

Ele tem uma tatuagem, admitiu fumar erva e foi ao aeroporto receber pessoalmente alguns dos 25 mil refugiados sírios a quem abriu as portas do país. Além disso, pode aparecer na Internet a responder a questões rápidas e, quando lhe perguntam qual o primeiro poema que lhe vem à mente, citar em perfeito francês um conjunto de estrofes (o que, fiquem já a saber, é importante para muitos canadianos).

Acreditem ou não, Trudeau faz tudo isto sob o olhar simbólico e não intrusivo da rainha Isabel II — o Canadá é uma monarquia constitucional federal e o seu chefe de Estado, ainda que de forma puramente simbólica, é a rainha de Inglaterra. E mesmo que a parte francesa do país possa não achar muita piada a isto, a verdade é que até hoje a situação não se alterou e um dos locais onde pode querer passar algum tempo a relaxar em Otava é, precisamente, o enorme jardim de Rideau Hall, a casa do governador-geral do país, ou seja, o representante da rainha no Canadá. 

E se, repentinamente, tiver a estranha sensação que está em Londres e não consegue perceber muito bem porquê, dizemos-lhe já que a culpa é da Torre da Paz, no conjunto dos edifícios neogóticos da Colina do Parlamento, que tem uma semelhança impressionante com o Big Ben. A torre, com quase 98 metros de altura, é também a estrutura mais alta da cidade e nenhum edifício pode ultrapassá-la em dimensão. 

--%>