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    Otava Nuno Ferreira Santos
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    Otava, Chama do Centenário, foi acesa em 1967 para comemorar o 100º aniversario da Confederação do Canada. Nuno Ferreira Santos
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    Otava, Mercado ByWard, o mais antigo mercado do Canada Nuno Ferreira Santos
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  • Montreal, Québeque
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  • O arquipélago das mil ilhas na regiã de Kingston no rio São Lourenço
    O arquipélago das mil ilhas na regiã de Kingston no rio São Lourenço Nuno Ferreira Santos
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    Saguenay Nuno Ferreira Santos
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    Niágara Nuno Ferreira Santos
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    Niágara Nuno Ferreira Santos
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Canada, I love you. Canada, je t’aime

Por isso, apesar de alguns edifícios bem altos e espelhados, Otava não chega a ser uma cidade de verdadeiros arranha-céus. Com vários museus espalhados pelo centro, cerca de cem quilómetros de ciclovias e um percurso livre de carros junto ao rio, que convida a caminhadas, corridas, ou um simples passeio, a capital do Canadá é uma cidade simpática e que nos deixa com vontade de a conhecer noutras estações do ano.

No Inverno, o Canal Rideau gela e transforma-se na maior pista de patinagem a céu aberto do mundo. E na Primavera o Festival das Tulipas cobre a cidade destas flores coloridas. E porquê tulipas? A tradição remonta à II Guerra Mundial e ao facto de a família real holandesa se ter refugiado em Otava, durante a ocupação nazi da Holanda. A rainha Júlia estava grávida e a princesa Margarida nasceria num hospital da capital do Canadá. Para permitir que a futura monarca tivesse nacionalidade holandesa, o Governo canadiano transformou temporariamente a parte do hospital onde ela nasceu em território holandês. Para agradecer este facto, e também a participação canadiana na libertação da Holanda, a família real ofereceu 100 mil bolbos de tulipa à cidade, e continua a enviar anualmente cerca de 20 mil bolbos. A data do festival do próximo ano já está marcada, por isso, se é fã destas flores vai querer andar por Otava entre 12 e 22 de Maio de 2017.

É claro que o Verão também é uma óptima altura para estar em Otava. O verde cobre parte da cidade e não faltam locais para passear ao ar livre, andar de barco, de bicicleta ou simplesmente relaxar. Além disso, tal como acontece em muitas outras cidades, os festivais ao ar livre tomam conta das praças e tanto pode encontrar concertos gratuitos como — sim, aconteceu-nos — um festival de churrasco, na Rua Sparks. Vá para a fila, escolha a costela que mais o cative (vai ser difícil porque quase todos os locais têm vários troféus expostos para o tentar) e depois aceite um dos convites das esplanadas da rua para se sentar, comer a sua escolha do dia e beber ali uma cerveja. 

Se não for fã da carne grelhada com o molho adocicado ao estilo americano, não faltam ofertas nos restaurantes da cidade. Em alternativa, pode ir ao Mercado Byward, onde diariamente há dezenas de barracas de produtores com uma grande variedade de frutas e legumes frescos, além de outros produtos locais. O edifício do mercado, em tijolo vermelho, é de meados do século XIX, e à volta há vários restaurantes, lojas de design e alguns bares.

E agora, se não se importam, voltemos ao Quebeque só por um bocadinho.

Uma vila francesa

Há coisas que é bom saber sobre o Canadá. Que é uma monarquia constitucional federal. Que a federação é composta por dez províncias (andamos por duas, Quebeque e Ontário) e três territórios. Que é o segundo maior país do mundo e tem seis fusos horários. Que tem dois milhões de lagos, um milhão dos quais apenas na província do Quebeque. Que tem duas línguas oficiais, o inglês e o francês. Que partilha com os Estados Unidos da América a maior fronteira terrestre do mundo. Que os canadianos apreciam não ser confundidos com os seus vizinhos do sul. Que, de vez em quando, se discute a independência do Quebeque. Que os quebequenses falam francês, mas também inglês e que há quem tema — como Luc Lavoie, o nosso guia — que a segunda língua absorva cada vez mais a primeira e, qualquer dia, o francês se perca.

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