Desde 2008 que a Quinta do Sagrado produz também Vinho do Porto, tendo sido declarada como vintage a colheita de 2011, que foi já provada em garrafa e deverá em breve aparecer no mercado.
A quinta está na propriedade da família há cerca de 150 anos e vai já a caminho da sexta geração. A vinha ocupa cerca de 20 hectares em patamares, organizados em 14 talhões que resultam da sua completa reestruturação levada a cabo nos anos 1980 no âmbito do PDRITM (Projecto de Desenvolvimento Rural Integrado de Trás-os-Montes). Predomina a Touriga Nacional seguida pelas outras quatro castas recomendadas, às quais se juntam ainda Sousão e Rufete. No sentido da progressiva adaptação à produção de vinhos tintos de qualidade — a reconversão foi orientada para o Vinho do Porto — o leque de castas será alargado para dez com a próxima inclusão da Tinta Amarela, Bastardo e a já quase desaparecida Tinta da Barca, que era uma antiga tradição da quinta.
Recentemente foram também plantadas 400 oliveiras, que em breve darão origem ao engarrafamento de azeites com o nome da quinta.
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Quinta do Sagrado Reserva 2007
Quinta do Sagrado, Pinhão, Alijó
Castas: Touriga Nacional (90%) e outras
Graduação: 13,5%
Região: Douro
Preço: 33,90€
Grande concentração de cor e complexidade de aromas potenciados pelas pisa a pé em lagares de pedra, como manda a tradição dos grandes vinhos do Douro. Parte da fermentação maloláctica e o estágio de 18 meses decorre em barricas de carvalho francês, metade novas e metade de segundo ano, que lhe domam a estrutura fogosa e conferem um carácter dócil e elegante, por onde despontam apontamentos mentolados e os sabores e frutos negros bem maduros. Macio e até algo sedoso na boca, deixa rasto prolongado e marcantes notas aromáticas. Foram feitas apenas 2820 garrafas e 150 magnun deste vinho que vale mesmo a pena provar.
Sagrado Tinto 2009
Quinta do Sagrado, Pinhão, Alijó
Castas: Touriga Nacional (53%), Vinhas Velhas (32%), Tinta Amarela (8%) e Touriga Franca (7%)
Graduação: 13,5%
Região: Douro
Preço: 8,30€
Com a Touriga Nacional a pontuar-lhe a personalidade, este é um vinho em cujo lote entra uma grande proporção de vinhas velhas, o que logo o coloca num patamar muito pouco habitual para os típicos vinhos de quinta. Na boca, o que logo sobressai é a fruta viçosa, equilíbrio e harmonia. Os lotes são vinificados em separado, a maioria em lagares de inox e com controlo e temperatura, e apenas um pequeno lote (cerca de 10%) estagia em madeira. Um vinho que expressa bem a filosofia da quinta de vinhos de lote, preferindo sempre a elegância e complexidade ao volume. Além do mais uma excelente relação entre qualidade e preço.