Fugas - restaurantes e bares

  • Dário Cruz
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Claudio Corallo, chocolate principesco

Por Fugas ,

Depois de visitarmos a fábrica Corallo em São Tomé e Príncipe, provámos as melhores propostas da marca na sua loja lisboeta no Príncipe Real. Uma coincidência "principesca" para um chocolate "praticamente perfeito".

No coração do Príncipe Real, entramos na casa alfacinha de Claudio Corallo, onde se concentram propostas criadas a partir das produções desta marca (e família) em São Tomé e Príncipe. Neste país africano, os chocolates e cafés Corallo, entre as plantações e a fábrica, empregam mais de 400 pessoas. E, apesar da escala, é um negócio realmente familiar: o engenheiro agrónomo italiano Claudio Corallo, o pai, está à frente da plantação principal, na ilha do Príncipe. Niccolò, o segundo de três filhos tem assumido a liderança de uma pequena fábrica, onde provámos as variantes mais especiais dos chocolates artesanais feitos ali à nossa volta. Bettina, a mãe, portuguesa, responsável de marketing da marca, está normalmente na loja lisboeta.

E é Bettina quem nos recebe na casa Corallo do Príncipe Real. Entrámos e oferece-nos logo um copo de cacau quente, um fluído viscoso e brilhante, quase negro, que escorrega rapidamente pela língua. Por coincidência, Niccolò está agora de visita a Portugal e está na loja com a mãe. Mostra-nos, nas embalagens expostas na prateleira, alguns dos chocolates que provámos também em São Tomé, incluindo o extraordinário flor de sal e pimenta - talvez o mais surpreendente dos Corallo com vários ingredientes.

Neste chocolate, a Corallo usa a flor de sal como noutros usa o açúcar. Quando usa açúcar, em vez de trabalhar com açúcar moído, como outras marcas, a Corallo usa açúcar em cristal. O que acontece é que em vez de sentirmos os dois sabores misturados num só, nos Corallo o açúcar surge apenas quando trincamos os cristais - primeiro temos o cacau, de seguida a explosão do açúcar e apenas no fim os dois sabores juntos.

A lógica do flor de sal e pimenta é a mesma: primeiro o cacau e só depois o sal e a pimenta a temperá-lo de forma absolutamente inesperada. Na fábrica, em São Tomé, vimos serem escolhidos à mão, um a um, outros ingredientes, como pequenos pedaços de gengibre e casca de laranja.

Agora, na loja do Princípe Real, NIccolò tem em cima do balcão uma caixa de Três Loucuras de Café - um desafio ao paladar dos clientes. Desde sempre se ouve falar no Arábica como uma espécie única de café, entre as 72 existentes no mundo. As Três Loucuras de Cafés em Chocolate pretendem demonstrar a variedade de perfumes dentro de uma mesma espécie de Arábica, variedades cultivadas no mesmo terreno, pelas mesmas pessoas, secas e torradas com a mesma técnica.

Ao provar do primeiro saco com pepitas de chocolate com cerejas de café dentro - o 1º Cat - o sabor do café expande-se rapidamente na boca e acaba também rápido, deixando prevalecer, no fim, o sabor do chocolate.

O segundo saco - o 2º BBB - tem cerejas de café com um perfume mais suave e as prioridades invertem-se: primeiro impera o sabor a chocolate e só no fim surge o do café, que prevalece.

O terceiro e ultimo saco - o 3º NM - é uma espécie de compromisso entre os dois anteriores: do principio ao fim sente-se o sabor tanto do chocolate como do café; esta variedade de arábica não tem um perfume tão intenso que em momento algum se sobreponha ao chocolate.

Nome
Claudio Corallo, chocolate principesco
Local
Lisboa, São Mamede, Rua Cecilio da Sousa, n.º 85
Telefone
213462158
Website
http://www.claudiocorallo.com
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