A edição de 2016 dos World Travel Awards (WTA) deixou tudo na mesma no que toca às contas nacionais: quatro dos chamados "óscares" do turismo vieram para Portugal, exactamente os mesmos do ano passado. Na gala de 2 de Dezembro, a Madeira, a Parques de Sintra e os hotéis Conrad e Vila Vita Parc, ambos no Algarve, saíram das Maldivas com prémios no bolso. Depois de, em Setembro, ter conseguido quebrar o recorde de prémios na ronda europeia dos WTA, conquistando 24 galardões, a sorte de Portugal foi desta vez mais moderada.
O mérito permanece na Madeira, melhor destino insular pelo segundo ano consecutivo, na Parques de Sintra – Monte da Lua, gestora de espaços naquele concelho, que venceu, pelo terceiro ano seguido, na categoria de melhor companhia de conservação, no Conrad Algarve (hotel cinco estrelas em Almancil), melhor resort de lazer de luxo (perdeu na de resort de luxo, de melhor resort e de melhor suíte) e do Vila Vita Parc, cinco estrelas em Armação de Pera, melhor resort ecológico de luxo.
Portugal chegou à final dos WTA com 34 nomeações em 33 categorias, prémios tecnológicos incluídos. A estas podemos acrescentar mais uma nomeação se atendermos ao facto de o hotel D. Pedro Laguna Beach Villas & Resort, no Brasil, nomeado para melhor resort de praia (assim como a Quinta do Lago) pertencer a uma cadeia portuguesa.
Como é habitual, o maior número de nomeações foi para o alojamento: 22 hotéis e resorts nomeados, com destaque para o Conrad Algarve, com quatro nomeações, e o Vila Joya, com o mesmo número de indicações, que abrangeram também a gastronomia (melhor restaurante de hotel de alta gastronomia). Com muitos repetentes, destaca-se a estreia do Pine Cliffs Ocean Suites, a Luxury Collection Resort, na restrita categoria (apenas três indicados) de melhor novo resort (prémio que, aliás, venceu na Europa).
Entre as principais categorias dos prémios havia alguns candidatos lusos vencedores na ronda europeia de 2016, como o Algarve, nomeado para melhor destino de praia (a nível europeu saiu três vezes vencedor), que se viu ultrapassado pelas Maldivas pelo segundo ano consecutivo, e Lisboa, que, nomeada para melhor destino de escapada urbana, melhor porto e melhor destinos de cruzeiros (estes dois últimos ganhou a nível europeu), se viu preterida a favor, respectivamente, de Hong Kong (repetente), Mina Rashid, no Dubai, e Jamaica, estas últimas vencedoras crónicas.
O melhor destino do ano já o é pela sexta vez e mantém-se imbatível nos últimos quatro anos: o Dubai. Aliás, o emirado árabe, também o melhor destino para festivais e eventos, é o grande vencedor da noite, com mais de duas dezenas de distinções, divididas entre hotéis (entre eles o icónico Burj Al Arab Jumeirah, melhor hotel de luxo), resorts, compras (o já mítico Dubai Mall é o melhor centro comercial). Contudo, não foi o Dubai o único a conquistar galardões para os Emirados Árabes Unidos: Abu Dhabi também arrecadou alguns, entre eles o de melhor destino sustentável (Sir Bani Yas Island), o de melhor projecto de desenvolvimento turístico (precisamente na Yas Island), o de melhor destino desportivo, e o de melhor hotel do mundo – a saber, o Jumeirah at Etihad Towers.
As Maldivas, o país anfitrião da gala, tão-pouco se saíram mal desta gala e são boas notícias para quem gosta de mergulho e de romantismo, por exemplo. No país formado por mais de mil ilhas no Oceano Índico encontram-se o melhor destino para mergulho, o melhor resort para mergulho, melhor resort de villas aquático e o melhor restaurante de hotel subaquático, entre outros vencedores – para os mais românticos, o melhor resort do mundo é o Baros Maldives; contudo, o melhor destino para casamentos é a Jamaica e é na Tailândia que se encontra o melhor resort para estes (InterContinental Samui Baan Taling Ngam Resort)
Outros vencedores da noite foram a Etihad Airways (melhor companhia aérea e primeira classe – feito já habitual), a AirAsia (melhor companhia low-cost – nada de novo), o aeroporto de Changi, em Singapura (o melhor do ano há já muitos anos), o italiano Forte Village Resort (a repetir no melhor resort e a juntar resort de luxo para famílias, resort de entretenimento, academia de desportos e revista in house), a Norwegian Cruise Line (melhor linha de cruzeiros), e o Titanic Belfast (melhor atracção turística). Nova Iorque é o melhor destino de negócios e o Peru o gastronómico.
Na mesma cerimónia foram entregues os prémios de Tecnologia de Viagens, categoria autónoma. De Portugal concorriam a TAP, para melhor website de companhia aérea, e o Turismo de Portugal, para melhor website de autoridade de turismo (VisitPortugal.com), mas as vitórias foram para a Emirates e VisitTheUSA.com. O TripAdvisor foi considerado a melhor aplicação de viagens, o Travelzoo o melhor site de “pechinchas”, o HotelsCombined o melhor site de comparação de hotéis, o Dohop.com o de comparação de preços de voos, e a TravelSim a melhor provedor de comunicações em viagem.
A “gala da grande final” dos WTA, que este ano decorreu no resort Sun Siyam Iru Fushi, põe um ponto final num ano de competições em várias regiões do mundo – África e Oceano Índico, América Latina, Europa, Caraíbas e América do Norte, Médio Oriente, Ásia e Australásia –, das quais os vencedores saem directamente para a final mundial juntamente com os nomeados pelo júri dos WTA. Os prémios são atribuídos há 23 anos e os vencedores são votados online – qualquer um o pode fazer, mas os votos dos profissionais de turismo valem por dois.
