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Audi Q3 e A1 1.6 TDI de 90cv: No miniaturizar também está o ganho

Por João Palma e Luís Francisco

Mesmo uma marca premium, como a Audi, trata de propor um leque de produtos capaz de cativar um público cada vez mais vasto. A Fugas apresenta-lhe o novo SUV Q3 e o A1 1.6 TDI de 90cv

O menor Sports Utility Vehicle (SUV) da Audi, o Q3 (na foto), junta-se em Setembro aos seus irmãos maiores, Q5 e Q7. Terá quatro motorizações de quatro cilindros sobrealimentadas: duas a gasolina, 2.0 TFSI de 170cv e 211cv; e duas a gasóleo, 2.0 TDI de 140cv e 170cv. O 2.0 TDI de 140cv, o único com tracção dianteira e caixa manual de 6 velocidades, terá preços a partir de 40.000 euros. Os restantes terão tracção integral por meio de embraiagem multidisco hidráulica (similar à do VW Tiguan) e caixa S-tronic de dupla embraiagem e 7 relações.

A versão 2.0 TDI de 140cv será lançada um mês mais tarde do que as outras, mas pelo preço e pelas médias de consumos e emissões 5,2 l/100 km e 138 g/km de CO2, irá decerto constituir o grosso das vendas deste pequeno SUV. Nas outras três motorizações, a caixa S-tronic tem uma nova função que permite desacoplar as embraiagens quando o veículo se movimenta pela sua própria inércia, como, por exemplo, nas descidas.

O Audi Q3 tem um coeficiente aerodinâmico de 0,32, um bom valor para um veículo deste tipo, o que contribui para a redução nos consumos. Outros factores que pesam neste âmbito são o seu peso, cerca de 1600 quilos (o capot e o portão traseiro são em alumínio), e o sistema Start & Stop de paragem e arranque automático do motor que equipa todas as versões.

Os seus 4,39 metros de comprimento, 1,83m de largura e 1,60m de altura estão bem aproveitados no interior, com cinco lugares espaçosos e uma mala com 460 litros (1365 litros com os bancos traseiros rebatidos), sob o fundo da qual se aloja uma roda sobresselente de emergência.

Apesar do seu visual de todo-o-terreno, da posição alta de condução e da maior altura ao solo em comparação com uma berlina, o Q3 está mais vocacionado para o asfalto do que para a condução fora de estrada, mesmo nos modelos com tracção integral. De série ou em opção, estarão disponíveis diversos dispositivos, como faróis de xénon, sistemas de assistência ao estacionamento, programador de velocidade activo, etc.

Já a nova motorização 1.6 TDI de 90cv aplicada ao A1 apresenta argumentos de peso, mas só bate a versão original de 105cv nos itens referentes à economia. Nomeadamente no consumo médio (3,8 litros aos 100 km contra 3,9) e no preço final (no nível base Advance, que custa 21.080 euros, a diferença entre as duas versões é de 2380 euros e passa para 1680 no nível Sport).

Está aqui a argumentação fundamental das virtudes da nova motorização. Tudo o resto são garantias de que este não é um subproduto para chegar a carteiras menos abonadas. Os níveis de equipamento e as listas de opções são semelhantes e a motorização de 90cv traz mesmo consigo a novidade de se poder optar por uma caixa automática de sete velocidades S-tronic (figurino em que os preços sobem 2600 euros sobre a versão com transmissão manual).

Então o que é que se perde com esta menor potência? A velocidade máxima (sempre tendo por padrão as versões de caixa manual) recua de 190 para 182 km/h, a aceleração dos 0 aos 100 km/h passa a ser conseguida em 11,4s em vez de 10,5s, o binário máximo desce dos 250 para os 230 Nm. Em termos ecológicos, nada a declarar: as emissões de CO2 mantêm-se nas 99 g/km.

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