Este motor com dupla sobrealimentação (turbo e compressor) responde bem às exigências em trajectos rápidos, de forma mais linear do que expedita, mas obriga, com frequência, a recorrer à transmissão manual de seis velocidades. As recuperações implicam, por isso, uma maior antecipação por parte do condutor.
Em termos dinâmicos, a precisa direcção assistida electromecânica ajuda a traçar as trajectórias pretendidas nos percursos mais sinuosos. A suspensão absorve com eficácia os pisos deteriorados, prestando também bom apoio em curva.
O completo equipamento de origem inclui diversos itens no domínio da segurança e conforto, nomeadamente os faróis de nevoeiro com luzes de curva estáticas; airbags frontais, laterais e de cortina; assistente de arranque em subida (Hill Hold Control) e sensores de luzes, de chuva e de estacionamento traseiro. A lista de opcionais permite personalizar o veículo com várias soluções tecnológicas (áudio e navegação) e uns quantos tipos de jantes e de estofos. Tudo para que se possa desfrutar durante todo o ano do modelo alemão fabricado na margem sul do Tejo.
Barómetro
+ Equipamento, motor suave e progressivo, estética, construção
- Alguns plásticos, volume da bagageira, ausência de sistema start-stop
Útil e simples
A uma velocidade moderada, com o tecto aberto, é possível manter uma conversa em níveis aceitáveis. Mas quando se sobe de ritmo o som da deslocação de ar intromete-se, neste como noutros veículos do mesmo tipo. A montagem de um pára-vento sobre os lugares traseiros, com apenas dois ocupantes, ajuda a desviar as correntes de ar para fora da viatura. O Eos, à semelhança de modelos de outros construtores (por exemplo, a Mercedes), possui um deflector com rede adicional no topo do párabrisas, que se prime para subir. O tejadilho pode também ficar com uma abertura pela metade superior, como um comum tecto de abrir.
Só parado
O tejadilho em vidro constitui uma das mais-valias deste cabriolet coupé. A operação de destapar ou cobrir o Eos demora cerca de 25s e só pode ser realizada com o veículo imobilizado. Uma condicionante que se justifica por motivos de segurança, já que só a maioria das coberturas em lona dos descapotáveis pode ser accionada com a viatura em andamento. Por outro lado, o comando para abrir e fechar o tejadilho continua instalado na parede do apoio de braços central, o que não parece o sítio mais prático para uma utilização frequente.
Acanhada
A capacidade da bagageira está limitada a apenas 205 litros com o tejadilho CSC, composto por cinco elementos distintos, recolhido no compartimento da mala. Uma estrutura modelada resguarda os objectos da operação de abertura do tejadilho, de forma a não danificar o sistema ou a carga. A capacidade aumenta para 380 litros caso se opte em fechar o tejadilho, como se tivesse um mero tecto de abrir. Uma abertura entre os dois lugares traseiros, no sítio do apoio de braços, facilita o transporte de objectos compridos. Um saco opcional para equipamento de esqui ou de snowbord custa 111 euros. Sob o piso está alojado um pneu sobressalente de uso temporário.