Fugas - Motores

MGX-21, quando o improvável se materializa

Por Carla B. Ribeiro

A MGX-21 Flying Fortress já chegou ao mercado nacional a partir de 23.900€, com entregas previstas para o início do próximo ano.

Há apenas dois anos, quando a Moto Guzzi deslumbrou o Salão de Milão com a revelação do protótipo da MGX-21, nada levava a crer que aquela ideia de futuro se materializasse numa moto de produção. Mas, contra muitas expectativas, a marca italiana quis estar à frente do tempo. 

Construída na fábrica de Mandello del Lario, na região italiana da Lombardia, a MGX-21 é apresentada pela marca como a “mais inconvencional, rica e tecnológica das cruisers de 1400 de cilindrada”. Numa simbiose entre o design italiano e o gosto norte-americano, o que chama de imediato à atenção é o seu aspecto tão fiel ao protótipo. A única coisa que difere é a inclusão das malas laterais rígidas, com capacidade para transportar até 58 litros e com um saco incluído, permitindo retirar a bagagem sem necessidade de remover os compartimentos. Com um detalhe: o revestimento das malas é em fibra de carbono, um material amplamente usado nesta moto (há mais de uma dezena de elementos em fibra de carbono) e que não a deixa passar despercebida.

O desenho da MGX-21 é ainda marcado pela exposição do bloco transversal de 90 ° com dois grandes cilindros que parecem sair do tanque de gasolina ou pela frente que parece saída de um filme com o Batman. À carenagem bat-style, com LED embutido, juntam-se outros detalhes que remetem para o carácter exclusivo desta cruiser: roda dianteira de 21’’, com elementos em fibra de carbono, traseira baixa também com tecnologia LED, tampas dos cilindros e pinças de travão a vermelho e pára-lamas em carbono.

Com uma cilindrada de 1400, o poderoso bloco desenvolve uma potência de 96,6cv às 6500 rotações, tirando ainda partido de um binário de 121 Nm logo às 3000rpm. Os valores equivalem a boas prestações, mesmo em baixos regimes, estando a MGX-21 equipada com três mapas de injecção, obedecendo já à norma de emissões Euro 4, com o sistema Moto Guzzi Traction Control, regulável em três níveis, e ABS de duplo canal.

O conforto em viagem, sublinha a marca, é garantido quer pela adopção da roda dianteira de 21’’ como pela nova geometria de direcção, incluindo o patenteado Sistema de Auxílio às Manobras que reduz a tendência de fecho de ângulo nas manobras a baixa velocidade, compensando o peso da direcção com um sistema de molas regressivas. Outro ponto a favor do conforto, sobretudo para longas distâncias, é a altura do banco ao solo, de apenas 740mm. E, caso a aventura seja a solo, é possível retirar o assento do passageiro.

Como não podia deixar de ser, e como de resto acontece em toda a indústria motorizada, a conectividade e os equipamentos de infoentretenimento não foram descurados. Assim, a moto chega equipada de série com um inovador sistema Infotainment, incorporando uma dupla instrumentação (comandável por elementos no guiador) que contém toda a informação necessária à viagem: cruise control, sistema de som (com duas colunas de 25 W), entrada USB, comandos de voz, MP3 e Bluetooth. 

 

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