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XF recebe motor 2.2 diesel: O Jaguar mais económico de sempre

Por Aníbal Rodrigues

Sinais dos tempos: o XF é o primeiro Jaguar a receber um sistema Start/Stop, que ajuda a torná-lo no modelo mais económico da história desta marca britânica. A Fugas conta-lhe as restantes novidades desta remodelação

Não, não é engano. Olhando para a foto da dianteira do renovado XF pode pensar-se que houve uma troca com a do topo de gama XJ. Mas não, a imagem está correcta. A explicação reside no facto de as alterações estéticas agora introduzidas no XF o aproximarem bastante da aparência do modelo acima na hierarquia da marca. E a lista de novidades não se limita ao exterior (dianteira a traseira), ela engloba também aos interiores (bancos e painel de instrumentos revistos) e o capítulo mecânico. O renovado Jaguar XF foi recentemente apresentando no Salão de Nova Iorque e entra em produção no próximo mês de Julho.

À falta de um modelo totalmente novo, a estratégia da Jaguar faz sentido, tendo em conta que o actual Mercedes classe E ainda é recente, o Audi A6 acaba de chegar ao mercado e o BMW série 5 está fresquíssimo. Mas, mais do que modernizar a imagem, a renovação do Jaguar XF conta com um argumento que, por certo, lhe dará um bom "empurrão" nas vendas: um motor 2.2 turbodiesel, com quatro cilindros, que debita 190cv de potência e 450 Nm de binário.

Este motor não será apenas precioso para as vendas da Jaguar em Portugal, onde o XF 2.2 D deverá apresentar um preço na casa dos 50 mil euros. Segundo dados avançados pela própria Jaguar, o motor, de origem PSA Peugeot Citroën, representará 60 por cento das vendas do XF. O 2.2 já era utilizado no Land Rover Freelander, mas, segundo a Jaguar, recebeu significativas alterações que o tornam mais refinado.

Pela primeira vez na história da aristocrática marca britânica, um Jaguar recebe um - cada vez mais comum -, sistema Start/Stop, que desliga e liga o motor, automaticamente, durante paragens (em semáforos, por exemplo). Tratando-se de um automóvel com caixa automática de série, o propulsor reanima-se assim que o condutor tira o pé do travão. A marca reivindica uma elevada rapidez, tanto no momento em que o motor se desliga como quanto volta a ligar-se.

Os sistemas Start/Stop servem essencialmente para poupar combustível e, consequentemente, emissões poluentes. E o resultado obtido neste XF representa mais um marco histórico para a marca. Com um consumo médio de 5,4 l/100 km e 149 g/km de emissões de CO2, o XF 2.2 D é o Jaguar mais frugal de sempre. Do lado da performance - outro aspecto decisivo para este construtor -, a aceleração de 0 a 100 km/h regista 8,5s e a velocidade máxima 225 km/h. Ou seja, valores parecidos com aqueles que eram proporcionados pelo antigo motor 2.7 V6 de 204cv e 435 Nm (8,2s e 229 km/h).

Para as prestações obtidas pelo XF 2.2 D contribui também a adopção de uma nova caixa automática, com oito velocidades, fornecida pelos especialistas da ZF. Esta unidade passará também a equipar os XF equipados com o turbodiesel 3.0 V6 (com 211, 240 ou 275cv), que assim vêem o consumo médio baixar dos actuais 6,8 para 6,3 litros (até aqui estes modelos vinham acoplados a uma caixa automática de seis velocidades).

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