O Mercado Público Municipal também merece uma visita: nos 140 postos de venda, é possível adquirir um pouco de tudo, desde comida a roupa e artesanato e também petiscar nos bares, como o Box 32 , o mais turístico e o "mais democrático do Brasil", por onde passam desde Presidentes da República a pescadores, diz o dono. A sequência de camarão é imperdível.
Oktoberfest em Blumenau
Ao contrário do que sucede nas estações mais frias do ano, no Verão os engarrafamentos chegam a ser monumentais. Floripa está cada vez mais in. No ano passado surgiu no suplemento de viagens do The New York Times como "o destino de festa" do ano. As beach lounges enchem-se de celebridades, sobretudo no bairro super-chique de Jurerê Internacional, onde as mansões de luxo não têm gradeamento, tipo Beverly Hills.
Mas em Santa Catarina não faltam festas um pouco por todo o lado, ainda que em Outubro se concentrem algumas das mais famosas, como a Oktoberfest, em Blumenau, no vale do rio Itajaí, uma espécie de Vale do Reno em miniatura, já em direcção ao interior do estado. É a segunda maior Oktoberfest do mundo, só suplantada pela de Munique.
Durante 18 dias, um milhão de pessoas assiste aos desfiles diários de corsos típicos de vários pontos da Alemanha, aos concursos de chope a metro, unidos pelo espírito da festa e pela óptima cerveja artesanal. Grupos folclóricos alternam com DJ da moda vindos da Alemanha. E só se ouve "Prost!".
É, todavia, em direcção ao interior do estado, no médio vale do Itajaí, a 175 quilómetros de Florianópolis, que encontramos a cidade mais alemã do Brasil, Pomerode, uma pequena e bucólica localidade com 25 mil habitantes, povoada há mais de 140 anos pelos colonizadores vindos da Pomerânia. Ali, tudo é feito para preservar ao máximo a herança germânica. Como no Hotel Fazenda Mundo Antigo, onde Adolar Fischer reconstruiu a casa dos bisavós e recriou com incrível minúcia a dura forma de vida do tempo dos antepassados.
Para ir às raízes da herança portuguesa são várias as alternativas. Ribeirão da Ilha, na costa Sul, a primeira comunidade fundada pelos índios carijós, conserva quase intocados os traços da colonização açoriana. Santo António de Lisboa, a Norte, também tem um casario típico dos Açores e várias fazendas (viveiros) de ostras. Mas, para se sentir mesmo transportado ao mágico cenário açoriano, tem de ir ao centro da ilha, à Costa da Lagoa, só acessível de barco a motor. Pontilhada de pequenas casas, a pequena localidade é habitada na sua maior parte por descendentes de açorianos. As montanhas em volta dão o retoque final. Bem-vindo a Açorianópolis.
Para todos os gostos: Um caleidoscópio de praias
O sol, quando nasce, é mesmo para todos em Santa Catarina. Para todos os gostos e feitios, entenda-se. O litoral foi abençoado com uma centena de praias, incluindo as da ilha e as da parte continental. Claro que não há coqueiros à beira-mar como no Nordeste brasileiro, mas em contrapartida abundam as montanhas e as dunas. E as praias são de todos os géneros, desde as semi-desertas e selvagens às ideais para famílias, para surfistas, para mergulhadores, para nudistas, e para gays - Floripa é gayfriendly.