A segunda das 13 novas motorizações que irão substituir 80% dos motores actuais da Opel (no caso português ainda é mais – 90% da gama) vai estar disponível a partir de Outubro no Zafira Tourer, o monovolume de sete lugares da Opel. Este motor turbodiesel com 1598cc e 136cv irá substituir as variantes de menor potência do 2.0 CDTI e o actual 1.7CDTI. O Zafira Tourer 1.6 CDTI só terá um único nível de equipamento, o superior, Cosmo, e custará 31.500€.
O 1.6 CDTI é o primeiro de uma nova família de motores turbodiesel desenvolvidos e produzidos pela Opel, mais económicos e mais amigos do ambiente. Tanto que, dotado do sistema BlueInjection da Opel de tratamento de gases de escape, remoção de óxidos de azoto e filtro de partículas, já cumpre com a norma de emissões Euro 6 que só entrará em vigor em Setembro de 2015. Trocando por números, com este motor, a marca alemã anuncia médias de 4,1 l/100km de consumos e 109 g/km de emissões para este veículo com 1728kg de peso – uma referência face a monovolumes similares.
Aquando da apresentação nacional desta versão do Zafira Tourer, a Opel disponibilizou à Fugas um veículo para ensaio. Em cerca de 900km, num percurso variado que incluiu cidade, auto-estrada e estrada de montanha, conduzindo dentro dos limites legais e em modo Eco, obtivemos uma média de 6,0 l/100km de consumo, algo superior ao anunciado pela marca, mas ainda assim baixo face às características e peso do Zafira Tourer. Além do mais, o carro que conduzimos tinha poucas dezenas de quilómetros, pelo que certamente os consumos baixarão após os primeiros dez ou vinte mil quilómetros. E, face ao peso e dimensões do Zafira Tourer, é com certa expectativa que se aguarda a introdução, em 2014, do 1.6 CDTI na gama Astra, um veículo mais leve e com outra configuração.
O Eco é um dos três modos de condução, sendo os outros o Tour e o Sport. No modo Tour, não há diferenças sensíveis face ao Eco, tanto nos consumos como no comportamento do veículo. Já no Sport, o veículo reage com mais rapidez e o pedal do acelerador fica mais sensível. Claro que os consumos também aumentam proporcionalmente.
A nova caixa manual de seis velocidades, que já tínhamos experimentado no Cascada, está bem escalonada e é de fácil manuseamento. O sistema Start & Stop, de paragem e arranque automáticos do motor, é algo sensível e, por vezes, pode parar o motor com o carro ainda a deslizar (para o voltar a ligar há que pisar a embraiagem). Já o motor, a baixas rotações, está como que “adormecido” e só perto das 2000rpm, quando o turbo entra em funcionamento, é que revela a sua potência. Por isso, por vezes, é necessário engrenar uma mudança inferior para o carro responder.
Em termos de condução, este monovolume é muito estável e confortável, em especial se dotado com a suspensão opcional com controlo electrónico activo FlexRide (900€). Outra opção recomendável é o pacote Light composto pelo sistema de iluminação AFL+ da Opel (1100€). Já o custo da roda sobresselente de emergência (55€) é largamente compensado pelas suas vantagens face ao kit de “reparação” de pneus que equipa de série o Zafira Tourer.