Fugas - Motores

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A versão mais ecológica do Golf

O Volkswagen Golf nunca foi muito acessível em termos de preço de aquisição. A marca vale-se dos valores de fiabilidade e prestígio conquistados por este modelo icónico ao longo de 40 anos de existência. O veículo que conduzimos, com o nível de equipamento intermédio, Confortline, tem um preço-base de 27.200€, pelo que nunca será um carro baratinho. Em compensação, vinha bem equipado de série e os poucos extras que trazia tinham um custo razoável e eram de inegável utilidade. Também é de referir a qualidade dos materiais e acabamentos e o conforto proporcionado aos ocupantes, com uma ressalva para quem viaja atrás no lugar do meio, em que o túnel de transmissão central dificulta a colocação das pernas.

A mala, com 380 litros (1270 com bancos traseiros rebatidos), não sendo uma referência no segmento, tem formato regular e é de acesso fácil. O único ponto negativo é o facto de, sob o seu fundo existir um espaço circular para colocação de um pneu sobresselente que não existe, substituído por um nada recomendável kit de “reparação” de pneus.


DETALHES

Um precioso auxiliar
Pode-se considerar que o preço deste Golf é algo elevado – o fabricante aproveita-se do prestígio e da fiabilidade do veículo para salgar um pouco o prato oferecido. Mas também há que reconhecer que o equipamento de série é completo e a necessidade de equipamento opcional residual. O carro que conduzimos tinha apenas três extras. Para além da pintura metalizada da ordem (410€, um estratagema de que todas as marcas se socorrem para ter mais algum lucro – a fase de escolha da pintura é uma das últimas da compra e das menos susceptíveis de discussão), dois itens muito úteis: por 677€, um sistema de navegação e, por 526€, uma eficiente ajuda ao estacionamento com sensores dianteiros e traseiros, um precioso auxiliar que elimina o risco de pequenos toques.

A pensar nas pessoas
Este Golf é um carro de características familiares, construído a pensar nas pessoas e nas suas necessidades, com diversos espaços no habitáculo para guardar pequenos objectos, incluindo um porta-luvas refrigerado. E, ao contrário de outros veículos, quem se senta atrás viaja com tanto conforto como os ocupantes dos bancos dianteiros (um pouco menos para quem ocupa o lugar do meio, devido ao túnel central de transmissão que diminui o espaço para as pernas).

Ainda melhor
O motor 1.6 TDI do grupo Volkswagen foi melhorado, apresentando melhores performances e menores consumos. Agora tem 110cv e, diz o fabricante, nesta versão ecológica do Golf apresenta valores imbatíveis no que toca a consumos e emissões: 3,2 l/100km e 85 g/km de CO2. Porém, não deixando de ser um veículo económico, a realidade é outra. Num percurso misto com cerca de 600km, obtivemos uma média de 5,3 l/100km. Em países planos, tipo Dinamarca ou Holanda, é possível que os consumos se situem na casa dos três litros. Mas quando aparecem subidas, o gasto de combustível sobe exponencialmente. Uma novidade bem-vinda é a nova e bem escalonada caixa manual de seis velocidades, que veio preencher uma lacuna que a de cinco já evidenciava.

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