Fugas - Motores

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Confortável de alma, atrevido de comportamento

Claro que para poder atestar o conforto há que ocupar um dos lugares da frente. É que atrás o espaço, fazendo jus ao espírito coupé, não é de todo uma referência. Mais: o banco de trás é óptimo mas não é para ser usado. Pelo menos diariamente: o acesso não é o mais fácil e não é difícil sentir alguma claustrofobia.

Mas quando se observa a mala, com capacidade para 377 litros, é fácil compreender que este carro não é para cinco nem quatro ocupantes. Quando muito será um 2+2, sendo que os dois do banco traseiro não serão passageiros frequentes.

No capítulo da instrumentação, esta é bastante completa, porém o seu manuseio nem sempre é o mais fácil. A opção de incluir os comandos, por exemplo de rádio, num manípulo atrás do volante requer habituação para que se faça uso dos mesmos.

Entre o equipamento da versão GT Line, Carminat by TomTom Live®, sistema de ajuda ao estacionamento traseiro e vidros laterais sobre-escurecidos que acrescem à muito completa lista de equipamento Dynamique S com ar condicionado automático bizona e sensores de luz e chuva.

Na versão ensaiada, além da pintura metalizada, foram acrescentados o sistema multimédia R-Link — com ligação à Internet, inclui navegação, alertas e função de ecocondução — e pack Auto com travão de estacionamento assistido, chave mãos-livres e sistema de ajuda ao arranque em subida.

Barómetro
+ Qualidade de materiais e acabamentos; preço acessível do equipamento opcional; conforto de condução; performances do motor
- Espaço atrás reduzido para os ocupantes; fraca visibilidade traseira; dificuldade em fechar o portão da mala para pessoas mais baixas; direcção


DETALHES

 

Encolha-se a cabeça
É, claro, uma das maldições dos coupés. O seu tradicional corte de tejadilho prejudica o espaço em altura para quem segue atrás. É verdade que quem opta por um coupé não será alguém que tenha por hábito transportar adultos no banco traseiro — e mesmo para quem tem crianças, que entram e saem mais facilmente que um passageiro adulto, este tipo de carroçaria não estará entre as mais funcionais. Mas o facto é que, no caso do Mégane, como em muitos outros modelos de outras marcas, o corte não prejudica apenas o conforto dos passageiros, mas também a visibilidade traseira.

 

Bem apoiados
Se atrás não é propriamente o paraíso, o mesmo não se pode dizer quer do espaço à frente, para condutor e pendura, quer dos bancos dianteiros. Mas as vantagens são mais visíveis para quem segue aos comandos. É fácil encontrar uma boa posição de condução, sem que a mesma necessite de tempo de habituação. Além disso, vale a pena sublinhar o facto de a Renault ter alcançado um bom trabalho com os bancos, que, além de confortáveis, asseguram um bom apoio tanto de anca como lombar, sem esquecer a cabeça.

Prático
Não é uma novidade e nem sequer chega de série, sendo necessário adquirir o pack Auto para se ter acesso à chave (a marca chama cartão) mãos-livres. Mas a sua presença em veículos ensaiados, mesmo premium, é tão rara que vale a pena destacar. É que, além de assegurar uma ignição através de botão Start/Stop (não confundir com o sistema de paragem e arranque automáticos, no caso também incluídos), permite que se saia do carro com as mãos atafulhadas de sacos e sem a preocupação de ter ainda de fechar o carro. Assim que nos afastamos uns parcos metros, o veículo tranca-se. Mais: fecha janelas (caso alguém se tenha esquecido de alguma fresta aberta) e recolhe retrovisores.

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