Fugas - Motores

  • Nuno Ferreira Santos
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Um honesto e completo utilitário com um gostinho premium

O Mazda2 é comercializado com três blocos a gasolina (1.5 de 75cv, 90cv e 115cv). No entanto, pela desenvoltura apresentada e pelo preço, poder-se-ia dizer que, no caso, no meio está a virtude.

O propulsor a gasolina de 90cv deverá ser o mais equilibrado dos três: custa desde 16.625,33€, mais três mil euros que a versão de 75cv, mas não é difícil observar onde estes foram gastos – os 90cv, que se gerem muito bem com a transmissão manual de cinco relações, são os necessários para que em momento algum se sinta um molengão nas mãos. É despachado e mostra-se tão à vontade em meio urbano, para o qual foi concebido, como em auto-estrada ou mesmo por curvas sinuosas.

É verdade que estes atributos são partilháveis com o mano de 115cv, mas para conseguir comprar o modelo mais potente, comercializado apenas com o nível de equipamento superior (Excellence), são necessários mais dois mil euros – totalmente equipado, incluindo pack Navi, o 115cv ultrapassa a barreira psicológica dos vinte mil (20.411,81€). É, no entanto, de se ficar atento à versão diesel prevista para o início do Verão: um 1.5 com 105cv.

BARÓMETRO
Equilíbrio potência/funcionalidade, conforto, equipamento, acabamentos
- Kit reparação pneus, ajuste dos bancos dianteiros

PORMENORES

Sempre ligado

Com um ambiente sóbrio e marcado por acabamentos aprimorados, o Mazda2 apresenta-se muito bem equipado. A lista não só é vasta como apresenta algumas funcionalidades pouco comuns em citadinos como o caso do Hill Launch Assist ou Cruise Control. No entanto, a Mazda não se ficou por aqui e tratou de incluir a conectividade necessária para que se consiga estar sempre ligado, mesmo em viagem. Além da entrada para cabo USB, é possível ligarmo-nos ao sistema do carro por Bluetooth. E para solicitar várias funções nem sequer é necessário tirar os olhos da estrada, podendo tirar partido do controlo de voz da Human Machine Interface.

Desajustado

O carro é confortável, os bancos primam pela utilização de materiais razoáveis, todo o ambiente transmite até uma sensação de algum luxo ainda que sóbrio. Até que, já após o arranque, se decide dar um toquezinho ao encosto para encontrar uma posição de condução mais adequada. Qual não é o espanto quando se percebe que este, feito por alavanca, não é tão amigável quanto as outras funcionalidades do carro. Ora estamos quase deitados, ora direitos que nem fusos. Para encontrar o ponto intermédio só mesmo com o carro parado e muito jeitinho. E paciência.

Funcional?

Tudo no Mazda2 transmite funcionalidade. Por isso, é com estranheza que se levanta o alçapão da mala para descobrir um kit de “reparação”
de pneus. Verdade que no caso de um citadino, mais fadado a pequenos furos, o kit poderá resolver o problema no imediato. Mas, além de obrigar à rápida substituição do pneu e à compra de nova carga do kit, a decisão de não incluir uma roda sobressalente parece não combinar com a preocupação em oferecer ao mercado um utilitário extremamente bem equipado.

Espaçoso

Não sendo nenhuma referência no seu segmento, o Mazda2 cumpre com mérito os requisitos necessários para encontrar um lugar entre os utilitários que podem usar entre os seus atributos a palavra espaçoso. À frente, qualquer um dos ocupantes encontra-se muito à vontade e no banco traseiro, beneficiando de um corte direito, três, ainda que apertadinhos, conseguem encontrar lugar. Já dois fazem uma viagem sem qualquer amasso. Na mala cabem os trolleys de viagem, as mochilas e os saquinhos de viagem para umas férias. No dia-a-dia, as compras do mês não serão um grande problema para arrumar.

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