Acabamentos aprimorados, detalhes de bom gosto, materiais agradáveis ao toque. Até os plásticos que forram os interiores. Tudo no novo Mazda2, um turismo de cinco portas do segmento B, remete-nos para um ambiente premium, em que se privilegia a qualidade dos materiais e sobretudo o conforto dos seus ocupantes.
Mas não só. Os níveis de equipamento, mesmo o mais básico (Essence), apresentam-se muito completos, sobretudo tendo em conta estarmos perante um citadino. No caso da viatura ensaiada, com o nível de equipamento intermédio (Evolve Navi) que a marca considera vir a ser o mais procurado pelo mercado, além de bem equipado com vista ao conforto de condução, incluindo por exemplo cruise control ou aviso de mudança involuntária de faixa de rodagem, apresenta-se bem conectado, usufruindo de Bluetooth, entrada USB e sistema de navegação por GPS.
A conectividade é acentuada por um ecrã de sete polegadas que ocupa a cabeceira do sóbrio painel de bordo e que concentra todas as funções do sistema de infoentretenimento. Note-se que, já conhecido de outros modelos Mazda, este sistema táctil, que também se pode gerir através de uma roda localizada na consola que serve de separador aos lugares dianteiros, destaca-se pela sua muito fácil utilização.
No conforto em viagem para os ocupantes, ganham os passageiros dianteiros, embora no banco de trás dois adultos consigam encontrar uma excelente posição. Três arranjam-se embora se possam sentir um pouco apertados. À frente, no lugar do pendura, o conforto é garantido. Já para o condutor não é fácil encontrar uma boa posição de condução devido ao sistema de ajuste dos bancos. O encosto rebaixa com alavanca, sendo demasiado brusco para que se consiga calibrar em andamento. E mesmo parados demora um certo tempo até se conseguir que a alavanca trave o banco na posição desejada.
Ultrapassado esse obstáculo, a Mazda dotou o seu citadino de um volante agradável de manusear e, ao contrário do banco, muito fácil de ajustar – e, no caso da viatura ensaiada, revestido a pele. Já a alavanca das mudanças, da bem escalonada caixa manual de cinco relações, encontra-se bem posicionada, tornando a condução extremamente fácil.
Do lado de fora, a quarta geração do Mazda2, que no Japão, onde foi lançado ainda em 2014, conquistou o título de Carro do Ano, inspira-se no Mazda3, exibindo linhas harmoniosas sob o mote da linguagem Kodo (Alma do Movimento) que tem vindo a marcar toda a gama da marca nipónica.
Com 4060mm de comprimento, nesta quarta geração o Mazda2 cresceu 14 centímetros, embora esse aumenta se reflicta pouco no espaço a bordo. Relativamente à geração anterior nota-se um ligeiro aumento, mas nada que cause um grande impacto. Também a mala beneficiou de um aumento ainda que ligeiro, revelando uma capacidade para 280 litros que podem chegar até aos 950 litros com a segunda fila de bancos rebatida. Ou seja, exibe uma bagageira útil e funcional para uma utilização citadina e razoável para uma saída mais prolongada de férias em que se tenha de arrumar malas de viagem, mochilas, saquinhos e afins. Pena que sob o tapete se esconda um kit de reparação de pneus em vez da útil roda sobressalente. A opção não choca tendo em conta que estamos perante uma viatura para a cidade, mas não combina com a preocupação evidente nas outras áreas.