Fugas - Motores

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Novo Ford KA+ retira marca da luta entre os pequenos citadinos

Por Carla B. Ribeiro

Espaço e eficiência. Estes são os dois trunfos do novo KA+ com que a Ford pretende conquistar uma fatia do segmento dos utilitários, apresentando-se preparada para concorrer directamente com carros como o Kia Rio, o Dacia Sandero ou o Hyundai i10.

Com 3929mm de comprimento, mais 31cm que o carro que substitui, cinco portas e cinco lugares reais (o Ka era um três portas de quatro lugares), conseguidos pelo corte a direito do assento do banco traseiro, o KA+ reflecte a saída da Ford da corrida do segmento A, o dos pequenos citadinos, posicionando o carro no segmento acima, o dos utilitários compactos.

A ideia pode parecer descabida, tendo em conta que nesta competição já se encontra o seu bem-sucedido Fiesta. No entanto, a marca garante que são carros distintos e destinados a públicos totalmente diferentes: “Enquanto o Fiesta é uma escolha emocional, o KA+ será a opção da racionalidade.”

No fundo, o KA+ apresenta-se como uma solução para quem precise do espaço e dos cinco lugares, mas que não dispõe de orçamento para um Fiesta. Assim,o KA+ é introduzido no mercado por um preço de venda ao público a partir de 10.670€, embora durante o período de lançamento beneficie de diversas campanhas que colocam o seu valor abaixo dos dez mil euros.

A decisão de apostar num segundo carro para o segmento B advém ainda do facto de este manter o volume de vendas e de se notar um crescimento nas compras de veículos abaixo dos 13 mil euros — uma luta na qual não poderia entrar o Fiesta.

Além dos cinco lugares, o KA+ apresenta uma boa capacidade de carga, com 270 litros na bagageira e possibilidade de rebater os bancos traseiros (60/40), e várias soluções de arrumação espalhadas pelo habitáculo — há sítios pensados para colocar os pequenos objectos, desde o telemóvel até um pequeno livro ou uma garrafa de água. Entre os 21 espaços de arrumação inclui-se o MyFord Dock, ao centro do painel de instrumentos, onde se pode recarregar dispositivos móveis, como telemóveis e sistemas de navegação. Para objectos de maior valor, um compartimento escondido no fundo do painel de instrumentos só é acessível quando a porta do condutor é aberta.

Ainda no habitáculo, predominam os plásticos duros, embora de qualidade razoável, e uma boa posição de condução é facilmente conseguida. Para os ocupantes do banco traseiro uma boa novidade é a altura do carro, admitindo que mesmo os mais altos consigam viajar com conforto.

Visualmente, as linhas e opções exteriores do KA+ obedecen à recente linguagem de design da Ford, com uma grelha trapezoidal elevada e faróis prolongados, detalhes cromados na grelha dianteira e puxadores das portas e espelhos retrovisores na cor da carroçaria.

O KA+ irá comercializar-se com apenas uma motorização — o quatro cilindros em linha a gasolina Duratec de 1.2 litros — em duas declinações: de 70cv e 105 Nm e 85cv e 112 Nm. A gestão está entregue a uma caixa manual de cinco velocidades. Enquanto o primeiro apresenta uma velocidade máxima de 159 km/h e uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 15,3 segundos, o segundo atinge os 169 km/h, conseguindo os 100 km/h em menos dois segundos. Já os consumos e emissões declarados pela marca são os mesmos: 5,0 l/100km e 114 g/km de CO2.

De referir que o KA+ foi trabalhado especificamente para a Europa. Assim, o modelo apresenta no Velho Continente uma especificação de chassis única e vários parâmetros revistos, incluindo molas e amortecedores, barra de torção traseira, calços de travão e pneus. O modelo foi ainda submetido a um programa intensivo de desenvolvimento de modo a garantir o melhor conforto e refinamento, adequados às condições de condução na Europa, integrando diferentes medidas para minimizar os ruídos do vento, da estrada e do próprio grupo motopropulsor.

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