Fugas - motores

  • Pedro Maia
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  • A capacidade da mala sofre uma forte redução
    A capacidade da mala sofre uma forte redução Pedro Maia
  • Por um lado, há espaço. Por outro, está longe de ser o ideal para circular nas ruas estreitas das cidades
    Por um lado, há espaço. Por outro, está longe de ser o ideal para circular nas ruas estreitas das cidades Pedro Maia
  • Bocal do
    Bocal do "depósito de combustível" Pedro Maia
  • Onde está a poupança do espaço para o motor?
    Onde está a poupança do espaço para o motor? Pedro Maia
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Um carro convencional adaptado a eléctrico

O carro está bem equipado e é espaçoso (a excepção é a diminuta mala), a condução é silenciosa (não há ruído do motor) e confortável e a carga foi efectuada numa tomada doméstica de 10A sem problemas, excepto o facto de o cabo opcional custar 400€.

A Renault procurou atenuar o "efeito de insularidade" de se ter um carro eléctrico oferecendo a Z.E Box, que inclui de série o sistema de navegação Carminat TomTom Z.E Live, adaptado a veículos eléctricos, com indicação da autonomia e dos postos de carga mais próximos, o serviço de assistência à bateria e de reboque em caso de avarias ou falta de energia (com solução temporária de mobilidade), a proposta de aquisição da Wall-Box, um ponto de carga de 16A a instalar na garagem, um cabo standard de 16A (e em opção o cabo de carga para 10A e 220V) e, para viagens mais longas, o aluguer de um veículo térmico em condições especiais.


BARÓMETRO

+
Economia de consumos, aluguer da bateria para reduzir o preço, espaço interior

- Cabo de carga para carregamento doméstico como opcional, autonomia reduzida, dimensões exageradas para um carro mais confinado à cidade, bagageira

 
Prós e contras

O Fluence Z.E. é uma adaptação de um modelo do segmento C com motores de combustão interna e alma de estradista. Por isso, em espaço interior é imbatível entre carros eléctricos: há lugar para cinco pessoas se sentarem comodamente em viagens longas. No entanto, na versão eléctrica, pela sua autonomia, é um veículo de utilização urbana. Com 4,75m de comprimento (mais 13cm do que os outros Fluence) e 1,80m de largura está longe de ser o ideal para circular nas ruas estreitas das cidades.


Não há almoços grátis

Se no habitáculo não há diferença entre as outras versões e o Fluence eléctrico, já a capacidade da mala sofre forte redução: de 530 para 317 litros, com o espaço "roubado" a ser ocupado pela bateria de 280 kg. É certo que o Fluence Z.E. não dá para fazer grandes viagens, mas mesmo em cidade, por vezes, é útil ter uma mala espaçosa. É nestes pormenores que se nota que o Fluence Z.E. é uma adaptação. Mais promissor é o Zoe, um modelo eléctrico do segmento B concebido de raiz, que será lançado no 2.º semestre deste ano e que até terá maior autonomia.


Bocal do "depósito de combustível"

Há duas tampas circulares em cada um dos lados da frente do carro: a do lado esquerdo, cobre uma entrada para carga numa tomada doméstica a 10A, mas o cabo é opção e custa 400€. No lado oposto, situa-se a tomada de carga de 16A. A carga numa vulgar tomada de 220v e 10A leva entre 10-12 horas; com a Wall-Box (um terminal de carregamento doméstico com 16A) ou num posto público da MOBI.E, a carga de 0 a 100% leva 6 a 8 horas. Num dos poucos postos de carga rápida, carrega-se de 0 a 80% em 30 minutos (mas só deve ser usado em emergências porque encurta a vida das baterias).


Onde está a poupança de espaço para o motor?

O principal óbice dos carros eléctricos são as baterias, pelo seu preço, peso e espaço que ocupam. Um motor eléctrico até nem tem periféricos (daí as revisões serem mais simples e económicas) e não necessita de ocupar tanto espaço como um de combustão interna. E, no entanto, ao abrir o capot do Fluence Z.E., descobrimos que o compartimento onde se aloja o motor de combustão interna das outras versões está tão ocupado e apinhado (porventura mais...) como o do Fluence a gasóleo.

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