Fugas - motores

  • Dário Cruz
  • Luz reforçada
    Luz reforçada Dário Cruz
  • É fácil passar de cinco para sete lugares
    É fácil passar de cinco para sete lugares Dário Cruz
  • Alerta laranja sempre que há carro num raio de acção de 4m
    Alerta laranja sempre que há carro num raio de acção de 4m Dário Cruz
  • O travão de mão é um pequeno botão
    O travão de mão é um pequeno botão Dário Cruz
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Um familiar com todas as letras

Por Hugo Daniel Sousa

A terceira geração do Opel Zafira ganhou o nome de Tourer e apresenta-se com linhas renovadas e um preço competitivo. Conduzimos um monovolume com flexibilidade para famílias grandes e pequenas.

A evolução da indústria automóvel atingiu tal ponto, que é cada vez mais difícil encontrar defeitos num carro novo. O Opel Zafira Tourer - terceira geração do monovolume da marca alemã - é um bom exemplo disso, até porque inclui uma série de ajudas electrónicas e surge com um preço muito competitivo, para não dizer mesmo surpreendente.

Ver, experimentar por dentro e conduzir o novo Zafira leva à mesma conclusão. Trata-se de um verdadeiro carro familiar. O monovolume da Opel mantém a capacidade para sete pessoas (no máximo), sendo flexível o suficiente para, com facilidade, passar para a versão de cinco ou até mesmo de dois lugares. Os bancos são fáceis de rebater e neste sistema a única limitação é mesmo o facto de os dois lugares traseiros só serem adequados para crianças, já que um adulto sentir-se-á apertado, quer no espaço para as pernas, quer para a cabeça.

Na configuração de sete lugares, a mala fica reduzida a apenas 152 litros, mas com cinco lugares montados há espaço mais do que suficiente para as malas da família, havendo ainda uma rede para ajudar a condicionar a bagagem.

Com grande luminosidade interior (ver caixa), o Zafira destaca-se também pelo novo sistema do banco do meio, agora dividido em três cadeiras individuais, que podem ser reguladas independentemente. Se os dois lugares traseiros não estiverem em utilização, os três passageiros do meio ficam com muito espaço livre.

O Zafira que testámos está equipado com um motor 2.0 CDTi, de 165cv, um bloco a diesel capaz de mover com facilidade os quase 1600 quilos deste monovolume. A outra opção é um motor a gasolina (1.4 de 140cv), estando prevista a introdução de motorizações mais potentes num futuro próximo.

Numa altura em que os gastos em combustível são cada vez mais sensíveis para os condutores, este 2.0 CDTi presta-se, acima de tudo, a uma condução familiar, ou seja, sem demasiadas aventuras de velocidade. Nessas condições, os consumos ultrapassam os 6 litros por cada 100 quilómetros, podendo ultrapassar os 6,5 l/100 km se incluir trajectos citadinos.

O sistema start/stop - o motor desliga-se sempre que se coloca a alavanca das mudanças na posição de "ponto morto" - permite alguma poupança de gasóleo nas filas de trânsito. Os responsáveis da marca estimam uma redução de consumos na ordem dos 3 a 5%, sublinhando também que não há efeitos secundários negativos na utilização do sistema, até porque o start/stop deixa de estar disponível no caso (extremo) de a energia disponível na bateria baixar de determinado nível.

Os 165cv deste Zafira até permitem uma condução mais desportiva, embora sempre com as desvantagens de se tratar de um automóvel alto e com um preço a pagar nos consumos, capazes de se aproximarem dos 10 l/100 km.

Ainda no campo da dinâmica, este modelo inclui uma série de ajudas à condução, que serão mais ou menos úteis, mais ou menos agradáveis, conforme o gosto do condutor. Um desses sistemas é o limitador de velocidade, que permite definir um limite que só será ultrapassado mediante muita insistência do condutor - algo útil em auto-estrada (onde, aliás, este modelo paga classe 1).

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