Fugas - restaurantes e bares

  • Focaccia in Giro
    Focaccia in Giro Patrícia Martins
  • Chamo’s Hot Dog
    Chamo’s Hot Dog Patrícia Martins
  • Chamo’s Hot Dog
    Chamo’s Hot Dog Patrícia Martins
  • Pão à antiga
    Pão à antiga Patrícia Martins
  • Pão à antiga
    Pão à antiga Patrícia Martins
  • 100% Saboroso
    100% Saboroso Patrícia Martins
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    100% Saboroso Patrícia Martins
  • Focaccia in Giro
    Focaccia in Giro Patrícia Martins
  • Comida de Rua
    Comida de Rua Fernando Veludo/NFactos
  • Comida de Rua
    Comida de Rua Fernando Veludo/NFactos

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A comida saiu à rua – e é aí que quer ficar

Em Abril, já com mais de 70 food trucks construídos, Luís Rato soube que José Borralho, da associação Aptece, ia organizar um Congresso Mundial de Turismo de Culinária, no Estoril. “Pedi-lhe para fazer um evento para os meus clientes, porque na altura já tinha clientes suficientes para um festival de street food.” Foi assim que uma série de projectos de comida de rua invadiram os jardins do Casino naquele que foi o primeiro de uma série de festivais que durante todo o Verão se multiplicaram pelo país, mantendo os novos food trucks sempre ocupados.

Quem tem uma carrinha deste tipo tem duas hipóteses: arranjar um lugar fixo na rua (em Lisboa as autorizações são dadas pelas juntas de freguesia, que têm aberturas diferentes em relação ao assunto) ou fazer o percurso dos vários eventos, desde os festivais de música do Verão até aos festivais especializados em street food. A Associação de Street Food Portugal, criada há apenas quatro meses e que tem Luís Rato como presidente e José Borralho como vice-presidente, está por trás da organização de vários destes festivais. E agora, com o Inverno, como vai ser?

Luís Rato garante que não vai ser mais difícil porque “este não é um negócio sazonal”. Mesmo durante o Inverno as pessoas vão querer comer na rua, afirma, lembrando que as castanhas assadas são comida de rua — e de Inverno. Quanto aos eventos, “o mercado não está saturado, pelo contrário, há cada vez mais necessidade de haver este tipo de iniciativas”. A diferença é que com mau tempo elas poderão realizar-se mais em espaços fechados.

E que conselhos dá a quem quer lançar-se num negócio destes? “Para o projecto dar certo é preciso, em primeiro lugar, eu acreditar nele.” O produto é muito importante, claro — e Luís Rato considera que os monoprodutos, como os hambúrgueres ou os cachorros, são a aposta certa, em vez de conceitos mais complicados com uma oferta muito variada porque aí “passamos a ter um supermercado na rua” — mas “o carisma da pessoa também é fundamental”. Depois, é preciso fazer o investimento — entre os 10 mil e os 40 mil euros, diz — e partir para a rua.

Fomos conhecer cinco destes projectos e perceber como é que as coisas se passam quando se chega finalmente à rua e se abre a capota para começar a vender comida.

Pão à antiga
Cláudia Dias
www.facebook.com/paoaantiga/timeline

É uma carrinha pequena (ou era da primeira vez que a vimos, porque entretanto cresceu um pouco) e mal se percebe como é que ali cabe um forno a lenha. Mas o facto é que é dele que saem os pães com chouriço, com queijo de cabra, tomate e orégãos ou com farinheira. E ainda há espaço para um jarro de vinho.

O projecto partiu de Cláudia Dias, psicóloga que decidiu deixar o emprego depois do nascimento da filha. “Conhecia uma pessoa que tinha a ideia de fazer pão num forno de lenha tradicional”, conta. Mas depois acabou por avançar sozinha, apesar de “sobre pão saber apenas que levava água, farinha e sal”. Começou a fazer pesquisas na Internet e foi aprendendo. “Quando começámos, apanhávamos também pessoas de idade que achavam piada e que nos davam dicas. Houve uma aprendizagem de rua.”

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