Fugas - restaurantes e bares

  • Focaccia in Giro
    Focaccia in Giro Patrícia Martins
  • Chamo’s Hot Dog
    Chamo’s Hot Dog Patrícia Martins
  • Chamo’s Hot Dog
    Chamo’s Hot Dog Patrícia Martins
  • Pão à antiga
    Pão à antiga Patrícia Martins
  • Pão à antiga
    Pão à antiga Patrícia Martins
  • 100% Saboroso
    100% Saboroso Patrícia Martins
  • 100% Saboroso
    100% Saboroso Patrícia Martins
  • Focaccia in Giro
    Focaccia in Giro Patrícia Martins
  • Comida de Rua
    Comida de Rua Fernando Veludo/NFactos
  • Comida de Rua
    Comida de Rua Fernando Veludo/NFactos

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A comida saiu à rua – e é aí que quer ficar

Os portugueses aderiram rapidamente à focaccia. “Não é difícil”, diz Angelina, porque afinal “é pão, é uma coisa familiar”, com recheios de tomate, mozzarella e pesto (a Napoletana) ou presunto, queijo Philadelphia e rúcula (a Prosciutto), beringela, húmus e espinafres (a Vegan) ou ainda pêra rocha e Nutella para os que preferem uma focaccia doce.

Mas, apesar de charmosa, a Clementina — que se estreou na rua no dia de Santo António de 2014 e que depois teve durante algum tempo base na Praça da Alegria, em Lisboa — é pequena. “A logística de um triciclo acaba por depender de um armazém de apoio, um espaço físico fechado.” Encontraram o espaço certo no Campo de Santa Clara, em Lisboa, onde às terças e sábados acontece a Feira da Ladra. “Não tínhamos consciência de que o lugar ia ser mais um negócio”, confessa Angélica. “A loja acabou por superar as nossas expectativas.”

Mais trabalho, portanto, porque houve uma parte da focaccia que deixou de andar in giro e sedentarizou-se, mas a Clementina continua por aí — nos últimos meses instalou-se, de terça a domingo, num ponto fixo, nos jardins da Torre de Belém, onde criou um espaço para piqueniques, com toalhas no chão, para que as pessoas possam comer perto dela.

Com o tempo foram percebendo quem é o público da Focaccia e onde faz mais sentido estar — nem todas as carrinhas funcionam bem em todos os festivais, explica Angélica. É preciso conhecer o mercado. “Estar na rua deu-nos muita experiência.” E, feliz com os resultados, repete uma frase que ouvimos várias vezes ao longo desta reportagem: “Este é um fenómeno que veio para ficar. Não é uma moda, é uma tendência.”

Chamo’s Hot Dog
Lucas Lopes
www.facebook.com/chamoshotdog

Lucas Lopes é meio venezuelano meio madeirense. “Há um ano e meio decidi vir para Portugal”, conta, ajeitando o boné de vendedor de cachorros quentes. A sua moto está estacionada em frente do El Corte Inglés, em Lisboa, junto a uma laranja onde um produtor algarvio deste fruto vende sumos. “Na Venezuela a situação é muito insegura, há muita instabilidade política, eu tenho um filho pequeno, por isso decidimos que era melhor vir.”

Tanto ele como a mulher têm formações que nada têm a ver com street food. “Mas sempre tivemos muito claro que aqui o futuro passava muito pelo turismo, pelos serviços, pela restauração. E foi assim que chegámos à ideia da comida de rua.” Demoraram seis meses a obter a licença, mas, assegura, a junta de freguesia das Avenidas Novas “está a apoiar muito” este tipo de iniciativas. O maior problema que tem é com o fornecimento de energia. Sem isso, a viatura não consegue ser autónoma e é preciso ter um carro para transportar o gerador que garante a energia todo o dia.

Quanto à comida, estudaram “cinco ou seis hipóteses em termos de logística, preços, etc.”. Sabiam que tinha que ser comida “rápida e acessível”. Por isso, apresentam um cachorro quente, mas que é diferente de outros, explica Lucas. “O nosso pão está sempre quente, o que faz com que não haja diferença de temperatura com o resto.” E a salsicha vem acompanhada por cebola, cenoura, couve, batatas, queijo e bacon estaladiço, além dos molhos — “caseiros e sem custo adicional” — de alho, bacon e queijo Cheddar.

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