Fugas - Viagens

  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan. No mercado
    Saint-Lary-Soulan. No mercado Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan. A tradição da cidra e da conversa
    Saint-Lary-Soulan. A tradição da cidra e da conversa Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan. Les Flocons Pyrénées, chocolataria artesanal que pertence a portugueses
    Saint-Lary-Soulan. Les Flocons Pyrénées, chocolataria artesanal que pertence a portugueses Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan. O gâteau à la broche, um ícone doce desta parte dos Pirenéus
    Saint-Lary-Soulan. O gâteau à la broche, um ícone doce desta parte dos Pirenéus Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan. O gâteau à la broche, um ícone doce desta parte dos Pirenéus
    Saint-Lary-Soulan. O gâteau à la broche, um ícone doce desta parte dos Pirenéus Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan. O gâteau à la broche, um ícone doce desta parte dos Pirenéus
    Saint-Lary-Soulan. O gâteau à la broche, um ícone doce desta parte dos Pirenéus Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan. Noite de
    Saint-Lary-Soulan. Noite de "salsa" na montanha Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido
  • Saint-Lary-Soulan.
    Saint-Lary-Soulan. Nelson Garrido

Continuação: página 7 de 10

Comer, beber e no fim esquiar na «estrela dos Pirenéus»

Entramos ao som de música por pura sorte. Hoje há um encontro da sociedade gestora das águas da comuna e o coro do Vallée d’Aure veio animá-lo com canções tradicionais vertidas em várias línguas: o dialecto do vale (a que Christian chama simplesmente “patois”, que mistura várias influências da região), o basco, o francês. Enquanto o convívio não passa dos aperitivos, temos tempo de degustar o menu “Formule cidrerie”, que é o mesmo que dizer, seis tapas generosas (entre bocadillo de bigorrin, rillete de salmão e boudin de porco negro), um côte de boeuf acompanhado por batatas fritas (bem escuras como parece ser tradição por aqui), um pouco de queijo pirenaico e tarte de maçã — tudo acompanhado de vinho do sudoeste da França, “o vinho mais regional que temos”, brinca Christian. A completar, não podemos recusar um Armagnac (estamos nas redondezas), oferta de um dos convivas.

Depois da música tradicional dos Pirenéus, passamos para a música tradicional das Caraíbas: a “Salsa en la Montaña” vai na segunda noite, em espaço improvisado, e é por lá que fechamos a segunda noite. Nas pistas, evoluem casais mais ou menos proficientes em salsa e quizomba, a novidade desta edição; nós deixamo-nos ficar a observar os passos.


Do chocolate à raclette

É sábado e já sabem a história. A chuva levou a neve das estradas e passeios, já não se escutam os limpa-neves, mas as ruas continuam com alguma agitação. É dia de mercado e enquanto a chuva não nos correu dali viajamos um pouco pela região em bancas de carne e peixe, de queijo, de frutas, cidra, conservas e até de sabonetes, Les Sabons de Alain — Alain Almagro, que os desenha enquanto um amigo os produz aqui perto.

Deixamos a chuva e vamos procurar a única chocolataria artesanal em Saint-Lary, Les Flocons Pyrénées. Loja pequenina, tem nos flocons a sua especialidade maior — praliné de chocolate negro envolto em merengue —, mas foi à “Perle d’Aure” que nos rendemos — ganache de chocolate de leite com polpa de mirtilo, envolta em açúcar glace. Queríamos ver o mestre chocolateiro em acção, porém esta é “apenas uma boutique”, explica Dominique, a casa-mãe fica em La Barthe de Neste, a alguns quilómetros daqui. Não saímos sem descobrir que os proprietários são portugueses: Bernardino (Dino), o mestre chocolateiro, e Maria Ferreira, irmãos. “Vieram de Nancy, mas os pais vivem em Portugal e eles todos os anos vão lá.”

Tentamos ir a Espanha, mas a neve não deixa — as avalanchas cortam a estrada que vai dar ao túnel fronteiriço que liga Aragnouet-Bielsa, a 20 minutos de Saint-Lary; e Lourdes, também na região, não recolhe unanimidade. Mais um almoço pantagruélico, desta vez seguido de descanso. Ao final do dia, bebe-se um copo de vinho e espreita-se o jogo de râguebi que passa no pub antes da última ceia em Saint-Lary, que por acaso acontece em Vignet.

O Le Vignecois é um restaurante em plena aldeia, construído de raiz em estilo montanhês contemporâneo. As paredes são como se de betão se tratasse, mas não falta a lareira imensa, infelizmente apagada; nas paredes vemos equipamento de neve antigo — esquis de madeira dos anos 1930, raquetas também de madeira. O mobiliário tem uma patine antiga, algumas mesas têm bancos de madeira corridos (com costas); nesta noite de sábado enche-se de grupos jovens ruidosos. A nossa mesa enche-se de raclette, que, já nos habituamos, vem em dose XL — apropriado para ir saboreando devagar, ao ritmo do queijo a derreter.

--%>