Fugas - Motores

O V8, servido pelo M278, manteve o ângulo de 90º

O V8, servido pelo M278, manteve o ângulo de 90º DR

(Ainda) mais potência com menos consumo

São dois motores a gasolina com provas dadas, mas que agora surgem optimizados, proporcionando melhores desempenhos ao mesmo tempo que consomem e poluem menos. Para isso, são apoiados por uma série aperfeiçoamentos, assim como pela diminuição de peso alcançada pela substituição de alguns materiais, entre outras inovações.
 
No caso do V6, o M276 surge para substituir o M272 (pode ser encontrado tanto no CLS 350 como no SLK 35). Apresenta um bloco totalmente em alumínio, agora com um ângulo de 60º (versus os 90º do predecessor). Resultado: anulação do eixo de equilíbrio, mais potência e um satisfatório emagrecimento (pesa menos cerca de dez quilos).
 
De injecção directa de 3.ª geração (com injectores piezoeléctricos), no caso do CLS 350 CGI a motorização de 3500cc atinge os 306cv, com um binário máximo de 370 Nm entre as 3500 e as 5250 rotações, ao mesmo tempo que o seu consumo misto anunciado é de 6,8 l/100 km. Uma poupança conseguida depois de uma luta em várias frentes: no caso dos V6, para isso contribui uma ignição multi-faísca que prolonga o processo de combustão, garantindo uma queima mais eficiente e com menos desperdícios, contribuindo assim para a poupança.
 
Além disto, todos os restantes elementos, da bomba de óleo (de pressão e débito variável) ao alternador (com controlo electrónico, ao mesmo tempo que a energia cinética gerada na travagem e desaceleração é usada para carregar a bateria), foram revistos e melhorados, reduzindo não só o peso parasita como anulando alguns ruídos e vibrações (e só este pequeno facto é suficiente para prolongar a vida de cada uma das peças).
 
Já o V8, servido pelo M278 que manteve o ângulo de 90º, surge no CLS 550 com uma cilindrada revista em baixa, apresentando agora 4,7 litros. A potência, porém, cresceu para 408cv, com um binário máximo de 700 Nm (a versão anterior debitava 530 Nm) a revelar-se entre as 1800 e as 3500 rotações — mas é possível atingir uma força de 600 Nm logo a partir das 1600 rotações, o que permite uma condução enérgica mesmo a baixo regime. O feito foi conseguido muito por causa da sobrealimentação bi-turbo com intercooler, assim como pela configuração dos turbos, que entram ao serviço às 2000 rotações.
 
Também relevante foi a quebra de emissões de CO2 que conseguiu colocar estes propulsores Mercedes V6 e V8 no cumprimento da norma Euro V. Para isso, contribui a função start&stop, agora de série, com “uma resposta mais rápida” e também “mais suave”. O controlo da bomba de combustível tem o débito adaptado às exigências e, no caso do V6, o catalisador de dióxido de nitrogénio dispõe de um sensor que, quando enche, avisa o motor que tem de fazer a limpeza.
 
Os modelos que recebem estes reformados V6 e V8 também surgem equipados com uma caixa automática de sete velocidades, a 7G-Tronic Plus, que faz a gestão através de um conversor de binário tendo em conta a redução do consumo… ou não. Há sempre a possibilidade de usar a caixa em modo “Sport” ou em modo manual, recorrendo às patilhas colocadas junto ao volante, e assim beneficiar de uma condução mais agressiva (embora, em ambos os casos, os consumos disparem).
 
Mas não são só os motores que apresentam modificações relevantes. O revisto CLS, de maiores dimensões que o seu antecessor, embora mais baixo, dá nas vistas pela sua nova grelha integrada no pára-choques, emoldurada por um sistema de luzes xénon ou LED, enquanto na traseira impera a tecnologia LED. A assistência de faixa, de atenção do condutor e de ângulo morto estão presentes, assim como no novel SLK, com algumas diferenças: enquanto no primeiro a direcção se auto-corrige, no último há apenas o aviso para o fazer. O CLS, que mantém o pedal de estacionamento, surge ainda com assistência activa no estacionamento (precisando de 60cm além do comprimento do carro) e é comercializado com jantes de 18 e 19 polegadas.
 
Já o SLK apresenta-se com uma frente muito semelhante à do SLS, com sistema de série de halogéneo, mas sendo possível optar por luzes LED ou xénon (neste caso, recebe apoio diurno, indicadores de mudança de direcção e luzes de presença LED). O capot alongado apresenta-se maleável, de forma a absorver qualquer choque, e melhorado no sistema anti-atropelamento: sobe 10cm, com a ajuda de uns elevadores instalados nos cantos superiores, em caso de embate de forma a proteger a vítima do material mais duro interior. O emblemático travão de pé de parqueamento da Mercedes desaparece dando lugar a um eléctrico, que, em caso de falha do sistema hidráulico, trava progressivamente até aos 3km h. Numa variável mais estética, o Magic Sky Control transforma, em parcos segundos, o tejadilho consoante a luminosidade pretendida, podendo oferecer visão panorâmica mesmo sob chuva torrencial.
 
O desportivo da Mercedes chega ainda equipado com telemática de geração 4.5, servido por uma interface USB no compartimento da consola central e sistema de navegação Becker MapPilot. O sistema apresenta-se com entrada AUX e USB, ligação por Bluetooth, permitindo inclusive a realização de chamadas telefónicas quando conectado a um telefone, e Comand Online através do qual se pode aceder à Internet, consultar previsões meteorológicas, visualizar mapas optimizados e, através de um leitor SD, ver as fotografias registadas ao longo da viagem.
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