Fugas - Motores

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Uma (r)evolução alimentada a diesel

Nos interiores, mantêm-se os parâmetros de conforto e funcionalidade apresentados na nova geração, com um desenho descomplicado do tablier. Mais complicado continua a ser ver para trás devido ao vidro traseiro cortado a meio pelo aileron — facto que na versão de equipamento Sport, por exemplo, é minimizado pela inclusão de câmara de assistência ao estacionamento traseiro.

Com um ponto conquistado entre os (actualmente) apetecíveis motores diesel de baixa cilindrada, falta ainda conquistar outro filão: o das carrinhas. Mas não deverá faltar muito. A nova Civic Tourer foi revelada este ano em Genebra e a sua versão final deverá estrear-se em Setembro, no Salão de Frankfurt, para chegar às estradas no início de 2014. 

PORMENORES

Poupado e enérgico
Composto por uma cabeça em alumínio acoplada a um bloco de topo aberto também em alumínio, este bloco de 1.6 litros é apresentado pela Honda como o mais leve na sua classe e, em relação ao bloco de 2.2 litros que também pode habitar o Civic, pesa menos 47kg. Este emagrecimento foi conseguido com o redesenho individual de todos os seus componentes. Por exemplo, a espessura das paredes dos cilindros foi reduzida em 1mm, os pistões e bielas usadas são de baixo peso e foram introduzidas curtas e finas saias de pistão. Apesar de toda esta preocupação com as emissões e consumos, a Honda não desarma no desempenho: “a pedra-de-toque da nossa filosofia Earth Dreams Technology é balançar eficiência ambiental com a performance dinâmica que se espera de um Honda.”

Do vede ao azul
Está a verde? Então está tudo bem: emissões e consumos optimizados de forma a agradar ambiente e finanças. As cores que vão iluminando o sobrepainel, que se desenha em linha com a visão e onde se pode ir vigiando a velocidade a que se segue, são uma das mais-valias do Civic. Mais do que o pequeno indicador de mudança de velocidade. Depois do verde, em baixo consumo, há um azul-claro, em consumos mais elevados, e um azul-escuro, em números absurdos. Isto desde que o botão Econ esteja ligado (e que faz aparecer um pequeno símbolo verde junto ao mostrador do depósito), o que faz com que todo o funcionamento do carro se transforme: o controlo de injecção de combustível é accionado, o sistema de reinício automático torna-se mais sensível e até o ar condicionado se ajusta aos parâmetros desejáveis. Caso se opte por desligar o Econ, então o sobrepainel assume um azul aguerrido.

Brincadeiras de vidros
Pegar no comando, carregar no botão de abrir o carro e arrumar malas enquanto se deixam entrar as crianças. E depois questioná-las sobre quem andou a brincar com os botões dos vidros — “Eu não”; “Ele não foi”; “Eu também não”. Isto por duas ou três vezes: entrar no carro e observar que todas as janelas estão abertas. “Terei deixado as janelas abertas?” Não. Nem por isso. É que basta a distracção de carregar por mais tempo no botão do comando para abrir o carro. Não só abre portas, como janelas. As quatro, por igual. E se o fecho automático das janelas quando se tranca o carro parece uma excelente ideia (que, incompreensivelmente, parece ter entrado em desuso nos últimos anos), esta de abri-las poderá revelar-se um sério (e molhado) contratempo em alturas de chuva. Por isso, atenção aos toques no comando de abertura.

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