Fugas - Motores

Kia cee’d SCoupé 1.6 CRDi 128cv

Por Carla B. Ribeiro

O cee'd acaba de completar o seu renascimento com a chegada do SCoupé, a versão de três portas que alia um porte desportivo à agilidade de condução já afirmada noutros modelos.

Depois das versões cinco portas e carrinha, surge na nova geração do Kia cee’d a carroçaria de três portas, que, face ao mesmo modelo precedente, é mais comprida (60mm), mais baixa (20mm) e menos larga (10mm). Já em relação aos seus irmãos da nova geração, a diferença reside no facto de o SCoupé ser 40mm mais baixo.

As semelhanças com o cinco portas e a sportswagon vão, no entanto, para além do comprimento, largura e distância entre eixos. Visto de frente, todas as marcas da assinatura Kia estão lá: desde o nariz de tigre até às ópticas alongadas.

Será preciso dar uma volta ao carro, ainda que não muito demorada, para detectar as diferenças. A começar, claro, pelo número de portas laterais e pelo tamanho das mesmas: a única porta lateral é bastante maior que a porta dianteira das versões de cinco portas, facilitando as entradas e saídas – sobretudo a quem viaja atrás. Um único ponto contra: quando em estacionamento apertado, a saída dos ocupantes da frente não é garantidamente fácil.

As distinções continuam a sobressair enquanto nos encaminhamos para a traseira, como a acentuada quebra do tejadilho (a partir do pilar B) ou toda a zona vidrada lateral, com moldura cromada e um formato alongado, em linha com o das ópticas dianteiras.

As novas formas agradam ao olhar e granjeiam elogios, mas encurtam a área a quem segue no banco de trás – mesmo assim, dois passageiros traseiros conseguem encontrar espaço e conforto, proporcionados tanto pelos materiais usados como pelo facto de o chão ser plano. Já a entrada de um terceiro, que é perfeitamente possível, irá comprometer o bem-estar de todos mas sobretudo o seu, até porque o lugar central é ligeiramente mais alto e mais duro do que os laterais, aos quais o corpo se molda. Ainda, assim, o SCoupé consegue posicionar-se entre os melhores para ocupantes – com um bónus: um tejadilho panorâmico com tecto de abrir, como opcional (950€), que transporta ar fresquinho a quem é forçado a viajar sem possibilidade de abrir janelas.

Outro ponto positivo vai para a mala, que mantém os 380 litros de capacidade (a mesma que a do cee’d de cinco portas) assim como o formato regular conhecido de outras versões e adequado para arrumar bagagem. Com os bancos traseiros rebatidos, porém, perde para o cee’d maior: cabem 1225 litros contra 1318.

Nas motorizações não há mudanças significativas: um bloco a gasolina, o 1.4 CVVT (variação contínua de abertura e fecho das válvulas) de 90cv, e outro a gasóleo, o 1.6 CRDi de 128cv. Ambos os motores apresentam-se acoplados a uma caixa manual de seis velocidades e são comercializados com o bem apetrechado nível de equipamento TX, que inclui, entre outras coisas, bancos em tecido rematados a pele ou assistência ao arranque em subida.

Mas as prestações observaram alterações: o testado 1.6 CRDi de 128cv acelera mais depressa (dos 0 aos 100km/h em 10,9s) e regista uma velocidade máxima superior (197km/h). Também os consumos beneficiaram de uma melhoria: na cidade passou para 5,1 l/100km (números da marca; os observados andaram mais perto de uns ainda competitivos 6,5 l/100km; em estrada, obtivemos uma média de 5,5 l/100km, mas não se conseguiu nada perto dos 4,3 l/100km anunciados). Já as emissões, segundo a marca, registam 112 g/km de CO2.

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