Uma boa notícia para a economia e para o turismo foi o facto de em Portugal, mais concretamente na região de Lisboa/Cascais, terem estado a decorrer em simultâneo as apresentações internacionais à comunicação social de três novos veículos de marcas diferentes durante o mês de Janeiro, entre elas a do Peugeot 308 GT, a versão mais desportiva da premiada viatura do segmento C da marca do leão, que trouxe a Portugal umas boas centenas de jornalistas no decurso de três semanas.
O Peugeot 308 GT, que será posto à venda em Março, é mais que a versão desportiva do carro lançado em Portugal em Outubro de 2013 — é também toda uma nova linha de equipamento. Aos níveis Access, Active e Allure é adicionado o topo de gama GT e, um degrau abaixo, entre o Allure e o GT, o GT Line, com o mesmo nível de equipamento do GT, mas mais acessível e com três motorizações menos potentes: a gasolina, 1.2 de 130cv (berlina a partir de 28.630€/carrinha, 29.780€); diesel, 1.6 BlueHDi de 120cv (berlina, 30.500€/carrinha, 31.650€) e 2.0 BlueHDi de 150cv (berlina, 36.280€/carrinha, 37.430€).
Com as mesmas dimensões e habitabilidade das outras versões do 308, a mais musculada GT também estará disponível nas duas carroçarias, berlina de cinco portas e SW, carrinha (esta custando mais cerca de 1200€), com dois potentes motores: um a gasolina de 1598cc, turbo com injecção directa e 205cv, associado a uma caixa manual de seis relações; outro turbodiesel de 1997cc e 180cv, acoplado a uma caixa automática de conversor de par com seis velocidades. Para além das boas performances, ambos os propulsores se distinguem pelos reduzidos consumos anunciados e por cumprirem a norma de emissões Euro 6. Aliás, os progressos que se estão a verificar nos novos motores a gasolina encurtam cada vez mais a diferença nos consumos face aos diesel.
Sendo um facto que nos veículos dos segmentos C e superiores o gasóleo ainda predomina, é expectável — também devido às futuras regras sobre emissões da UE —, que essa diferença se esbata. Mesmo hoje há que fazer bem as contas: no caso do 308 GT, os responsáveis da Peugeot apresentaram um estudo demonstrando que, face a diferença de preços de aquisição, custos e consumos de gasolina e gasóleo, só a partir dos 166.000km é que a motorização a gasóleo começa a compensar — isto é, a uma média de 15.000km anuais, só depois de 11 anos…
Em relação aos 308 normais, o GT tem menor distância ao solo (7mm à frente, 10mm atrás), pára-choques específicos, duas saídas de escape trapezoidais (uma em cada lado), um difusor preto lacado atrás, piscas em LED que se acendem em sequência no sentido da mudança de direcção e uma cor exclusiva, Magnetic Blue. Por dentro, para além da qualidade premium dos materiais utilizados e do cuidado nos acabamentos, referência para o forro a negro do tecto, pedais em alumínio e pespontos vermelhos nos estofos desportivos em couro/alcantara.
Em termos de motores, performances e equipamento, o Peugeot 308 GT tem duas diferenças fundamentais face a um veículo similar de marcas premium: uma é o emblema no capot — ainda há muito a tendência de se dar mais importância ao logótipo ostentado que à qualidade oferecida; a outra é a muito completa lista de equipamento, que, ao contrário da política seguida pelas marcas de prestígio, dispensa a aquisição de opcionais que fazem com que o preço-base seja uma mentira.
Veja-se o equipamento de série do 308 GT: acesso e ligação mãos-livres, ajuda ao estacionamento traseiro e dianteiro, climatizador bizona, bancos desportivos, faróis em LED, jantes de liga leve exclusivas de 18’’ com pneus Michelin Pilot Sport 3, ecrã táctil de 9,7’’ multifunções com sistema de navegação, vidros escurecidos e tecto panorâmico, etc. A tudo isto adicione-se o Driver Sport Pack, que, quando se prime um botão na consola, desperta a fera, modificando a assistência da direcção, a reacção ao acelerador, o som do motor, que se transforma num rugido de leão, e até a cor das indicações dos painéis de instrumentos, que passam de branco a vermelho, apresentando dados de condução desportiva, como a pressão da sobrealimentação, a potência e o binário máximo em cada momento, bem como a aceleração longitudinal e transversal.