Fugas - Motores

Opel prossegue a revolução nos motores

Por João Palma

De há dois anos para cá, temos assistido a uma renovação total da gama de motores da Opel. Agora é a vez do SUV Mokka e do Insignia receberem dois novos propulsores a gasóleo, dos quais o 2.0 CDTI de 170cv do Insignia é uma estreia.

A Opel, desde finais de 2013 e até 2018, está a efectuar uma revolução em toda a linha na sua oferta, com 27 novos modelos e 17 novos motores, sucedendo-se as novidades. Cabe agora ao Mokka, um SUV do segmento C, e ao Insignia, um familiar do segmento D com carroçarias de quatro portas e carrinha, receberem novos propulsores a gasóleo, que estarão disponíveis em Maio.

O destaque vai para o novo motor turbodiesel de 1956cc, com quatro cilindros, 170cv e 400 Nm de binário máximo, que cumpre a norma de emissões Euro 6, graças a um sistema de redução catalítica que elimina as emissões de óxido de azoto. Este propulsor, que será utilizado em todas as versões do Insignia (quatro portas, cinco portas e carrinha Sports Tourer), substitui a versão de igual cilindrada e 163cv, tendo 4% mais potência e 14% mais binário e um tempo de aceleração dos 0 aos 100 km/h quase um segundo inferior face ao antecessor. O binário máximo está logo disponível às 1750-2500 rpm e como também foram efectuadas modificações no turbocompressor de geometria variável para produzir uma resposta 20% mais rápida que o anterior, isso traduz-se numa melhor reacção ao pisar do acelerador mesmo a baixos regimes, praticamente desde o arranque. O consumo médio anunciado para o Insignia com este novo motor é de apenas 4,3 l/100km (4,5 l/100km para a carrinha Sports Tourer) e a velocidade máxima 225 km/h. Ainda este ano, este propulsor também irá ser introduzido no Zafira Tourer, o monovolume de sete lugares da marca alemã.

Mas não é só na melhoria de performances, consumos e emissões que este motor se destaca. Os engenheiros dos centros técnicos da GM em Turim (Itália) e Rüsselsheim (Alemanha) trabalharam o seu comportamento acústico, o que se traduziu numa grande redução do ruído e vibrações em comparação com o motor que vem substituir.

Ao mesmo tempo, e com chegada prevista também para Maio, anuncia-se a introdução do motor 1.6 CDTI na versão de 136cv no SUV compacto Opel Mokka. Este motor leve e compacto (construído em alumínio), também de nova geração e com geometria similar ao mais recente e potente 2.0 CDTI de 170cv, foi estreado no Zafira Tourer em 2013 e introduzido em 2014 no Opel Astra. Com este motor, o Mokka, na variante com tracção dianteira, tem médias anunciadas de 4,1 l/100km de consumos e 109 g/km de emissões de CO2. O binário máximo de 320 Nm é atingido às 2000-2250 rpm.

O Opel Mokka, um SUV compacto construído tendo como alvo o mercado europeu, é o terceiro modelo mais vendido da gama Opel, só superado pelos Corsa e Astra e é líder do seu subsegmento em alguns países europeus. Em Portugal, porém, este sucesso não é replicado e as vendas estão muito abaixo do que seria expectável e razoável, pelo simples facto de o Mokka ser duramente penalizado nas portagens por ser classe 2, devido a ter uma altura ao solo da capota superior a 1,10 metros. Isto é, um veículo com 4,28m de comprimento, 1,78 de largura, 1,66 de altura e pesando 1613kg paga quase o dobro de outros com mais de cinco metros de comprimento e duas toneladas de peso.

 

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