À primeira vista, a renovação da 4.ª geração do Volkswagen Sharan, disponível na terceira semana de Julho, parece que quase nada trouxe de novo: salvo alguns pormenores, o visual e o espaço interior mantêm-se. Mas a impressão inicial altera-se com a descoberta de novos equipamentos, das modificações nos motores, agora mais potentes e económicos, cumprindo a norma Euro 6, e da estreia no Sharan de um propulsor a gasolina. E pela primeira vez o Sharan tem duas versões com preços abaixo dos 40.000€.
Este monovolume de sete lugares, beneficiando da legislação portuguesa, é classe 1 nas portagens com dispositivo de Via Verde. Mas a isso vai somar-se, a partir de Janeiro de 2016, mais uma vantagem: de acordo com novo enquadramento legal, os veículos familiares com três filas de bancos passam a ter mais um abatimento de 50% no ISV — no caso do Sharan, que já tem um desconto de 50% neste imposto, será um desconto adicional de 25% (cerca de 2500€).
O Volkswagen Sharan é o líder nos monovolumes do segmento D. Em segundo lugar, com cerca de metade das vendas, surge o irmão Seat Alhambra, também fabricado em Palmela. Juntos têm cerca de 80% de quota no segmento. Com a versão do Sharan com o motor 1.4 TSI de 150cv a gasolina e, muito principalmente, com a variante do bloco 2.0 TDI com 115cv a gasóleo, ambas custando menos de 40.000€, o monovolume de sete lugares torna-se ainda mais atractivo.
Para além destas duas motorizações, o Sharan terá ainda outras duas declinações do bloco 2.0 TDI a gasóleo, uma com 150cv e outra com 184cv. A somar ao aumento de potência (antes, respectivamente, 140cv e 177cv), há uma redução de consumos e emissões. O coração da gama será o Sharan 2.0 TDI com 150cv e nível de equipamento intermédio Confortline (44.565€).
Por encomenda, estará disponível um motor 2.0 TSI de 220cv a gasolina. Os responsáveis da SIVA, a representante da Volkswagen em Portugal, têm consciência que as vendas do Sharan a gasolina serão residuais, mas a médio prazo, face ao apertar das normas europeias de controlo de emissões e ao aperfeiçoamento dos novos propulsores a gasolina, é previsível que o diesel perca a preponderância que tem tido até agora.
Novos na Sharan, os motores já foram estreados noutros modelos do grupo Volkswagen, sendo muito económicos e com boas performances para um veículo de características essencialmente familiares como é o Sharan. A caixa manual de seis velocidades é de série para toda a gama, mas com um sobrecusto de cerca de 2000€, para os 2.0 TDI de 150cv e 184cv, está disponível a eficiente caixa automática DSG de dupla embraiagem e seis relações. A tracção é dianteira, mas na gama existe um 2.0 TDI de 150cv com tracção integral, caixa manual e nível de equipamento superior, Highline, que custa 49.461€.
Outras novidades desta renovação são os sistemas de assistência ao condutor, como o de travagem anticolisão, de detecção de fadiga do condutor, sensores de luz, de chuva e de estacionamento dianteiro e traseiro, travão de estacionamento eléctrico com assistência ao arranque em subida ou cruise control (de série para toda a gama). Em opção, cruise control adaptativo (de série no nível Highline), que inclui assistente de travagem de emergência em cidade, aviso de ângulo morto e de saída involuntária de faixa ou o sistema de estacionamento automático.
Os sistemas de informação e entretenimento também foram actualizados e agora o Sharan oferece as funções Volkswagen Car-Net, Guide & Inform e App Connect. Com esta aplicação estão disponíveis três interfaces, MirrorLink, Android Auto (Google) e CarPlay (Apple) para smartphones, com transposição das funções destes para o ecrã táctil a cores de 6,5’’ do carro.
Este monovolume já vem bem equipado, mesmo no nível de entrada, Trendline, que está apontado a frotas. O Trendline, além do que já foi referido, inclui climatizador de três zonas, faróis de nevoeiro com iluminação em curva, rádio/CD com entradas Aux-In e USB, conexão Bluetooth, monitor de pressão de pneus, Start & Stop com recuperação de energia de travagem, volante multifunções, etc. O Confortline acrescenta, entre outras coisas, fecho eléctrico da mala e das portas laterais deslizantes, vidros escurecidos ou sistema de navegação. A somar a isto, o Highline oferece estofos em alcantara/couro, bancos dianteiros aquecidos, cruise control adaptativo, etc.
Do visual pouco há a realçar: reformulação da grelha dianteira para incluir os radares do cruise control adaptativo, novas jantes e os farolins traseiros são agora em LED. Mesmo sem considerar o novo enquadramento fiscal em vigor a partir de Janeiro de 2016, face ao acréscimo de equipamento, mantendo-se o preço no nível Confortline, há um benefício de 334€. A diferença é ainda mais marcante no nível Highline, que agora custa menos 250€, sendo a vantagem total 650€.