Chega no dia 19 de Novembro e a partir de um preço nada módico: 40.500€. O 308 GTi é a proposta mais radical e desportiva do modelo compacto da marca francesa e foi desenvolvida pelos especialistas da Peugeot Sport. Por isso também não há grandes ambições de vendas. Antes uma tomada de posição — e de força — num subsegmento de nicho que se alimenta de clientes apaixonados pela velocidade.
Essa foi a principal razão pela qual a Peugeot Portugal deixou de lado a versão menos potente, de 250cv, e menos equipada, considerando que quem procura um carro com estas características não é tanto pelo “ver e ser visto”, mas por aquilo que pode explorar ao nível da potência e binário. E, acrescentam, a diferença de preço entre as duas motorizações seria de tal modo insignificante que não justificaria sequer a preferência de alguém pelo carro menos potente.
Assim, a única versão à venda em Portugal terá o bloco a gasolina 1.6 e-THP de quatro cilindros em linha com uma potência equivalente a 270 cv e um binário máximo de 330 Nm, valores que se tornam mais impressionantes quando se tem em conta a disponibilidade do propulsor, fruto de uma pressão de injecção elevada aos 200 bar. Isso significa que a potência não esmorece seja qual for o regime que siga, cortando apenas às 6500rpm. Já a disponibilidade do binário, que começa às 1900rpm, estende-se até às 5500rpm.
Outro factor importante no seu comportamento é a relação peso/potência, com 4,46kg para cada cavalo. Com estes dados, o 308 GTi by Peugeot Sport acelera dos 0 aos 100 km/h em 6,0s, percorrendo os primeiros mil metros nuns impressionantes 25,35 segundos. Valores que andam a par e passo com os seus concorrentes mais directos: o Cupra da Seat, com um bloco 2.0 a gasolina de 280cv, cumpre a aceleração dos 0 aos 100 em 5,9s e os mil metros em 25,4s, enquanto o Golf GTI, menos potente (220cv também num motor de 2.0 litros), faz a aceleração dos 0 aos 100 km/h em 6,5s. De referir ainda que o motor da Peugeot é Euro 6, limitando as emissões graças ao sistema Stop&Start.
Para quem esteja mesmo decido a acelerar a fundo, a Peugeot manteve os critérios de segurança do seu compacto familiar, juntando aos equipamentos da restante gama uma série de elementos específicos. É o caso do diferencial de deslizamento limitado Torsen que. acoplado à caixa de velocidades, uma manual de seis relações, favorece a dinâmica da viatura em curva ao passar o binário para a roda com maior aderência, não permitindo assim a fuga do carro.
Além disso, a estabilidade e aderência ao asfalto são garantidas pelas vias alargdas — 1570mm à frente e 1554mm atrás —, pela adopção dos pneus Michelin Super Sport (235/35 R19) e por um sistema de travagem revisto com discos dianteiros ventilados com um diâmetro de 380mm. Atrás, os discos têm um diâmetro de 268 mm. A supensão independente, à frente pseudo-McPherson e atrás com travessa deformável, assegura a precisão do rolamento, sendo a inscrição em curva incisiva, garanet a marca.
Mas nem só de potência e de especificidades técnicas se faz um desportivo. Por isso, a imagem do 308 foi trabalhada no sentido de lhe proporcionar uma silhueta mais musculada. Para começar, a plataforma foi rebaixada em 11mm face aos modelos da restante gama , tendo recebido rodas exclusivas de 19’’ baptizadas Carbone19, com os discos dianteiros, mordidos por uma sólida pinça vermelha de quatro pistões, à vista. À frente sobressai o robusto pára-choques dianteiro, uma grelha exclusiva com faróis Full LED e dois deflectores que contribuem para a percepção de um modelo colado ao asfalto. Na traseira, o visual é marcado pelo extractor negro lacado que integra duas generosas ponteiras de escape.
Também o habitáculo transpira desportividade: ambiente escuro, costuras vermelhas a ornamentarem o painel de bordo, soleira da porta com assinatura Peugeot Sport e GTi, marcada pelo alumínio. Este material volta a dar cartas nos pedais, no repouso para o pé esquerdo e no punho da alavanca de mudanças. No 308 GTi disponível em Portugal, os bancos são tipo bacquet, revestidos a couro e alcântara. Com um excelente apoio lateral, importante sobretudo para quem segue aos comandos, os bancos distinguem-se pelo nível de conforto garantido e o volante adoptado volta a ser o compacto de 351 x 329.
A versão à venda em Portugal inclui ainda o Driver SPORT Pack com o qual se pode alterar o comportamento do carro ao optar por carregar no botão Sport junto à manete das mudanças. Assim que accionado, o painel de instrumentação altera-se, passando a exibir informações precisas sobre pressão de sobrealimentação, potência e binário usados em cada momento. O modo mais desportivo consegue ainda ser percepcionado pelo mais agressivo ronco do motor e na sensibilidade revelada pelo pedal do acelerador.
Outras características da versão lusa de 270cv passam pelo aileron e capas dos retrovisores exteriores em preto nacarado, pela dupla saída de escape, por soleiras e pedais em alumínio, pela inclusão do logo GTi na lateral, na tampa da bagageira, soleira da porta e no volante. Já os vidros laterais traseiros são escurecidos e o acesso e ignição são feitos em modo mãos-livres. O volante é exclusivo GTi e o punho da alavanca de velocidades é do tipo RCZ R / 208 GTi. O painel de instrumentos exibe mostradores e agulhas em vermelho. O modelo inclui ainda entre os seus sistemas a navegação, ajuda ao estacionamento dianteiro e traseiro e retrovisor interior electrocromático e exteriores rebatíveis electricamente. Todo o infoentretenimento é gerido num ecrã táctil de 9,7’’, designado Redline, apresentando-se em tons de preto e vermelho.
Ficha técnica
Mecânica
Motor: 1598cc, 4 cil., 16V, Injecção directa, com Turbo e Intercooler
Combustível: Gasolina
Potência: 270cv @ 6000rpm
Binário: 330 Nm @ 1900-5500rpm
Tracção: Dianteira
Transmissão: Manual, 6 velocidades
Veloc. máxima: 250 km/h, lim. electronicamente
Aceleração 0 a 100 km/h: 6,0s
Consumo médio (100 km): 6,0 litros
Emissões de CO2: 139 g/km (Euro 6)
Preço: 40.500 euros
