Mais de 6,5 milhões de carros vendidos em todo o mundo em 20 anos. O número revela o sucesso do Renault Mégane, o familiar compacto do segmento C da marca gaulesa, ao longo de três gerações, tendo por vários anos liderado a tabela das vendas em Portugal. Agora, o carro prepara-se para voltar a brilhar com a sua quarta geração que começa a chegar aos concessionários no fim deste Janeiro.
Visualmente, as diferenças são notórias, a começar pelas dimensões do novo Mégane: está mais comprido em 64mm, mais baixo em 25mm e mais largo (47mm à frente e 39mm atrás), além de beneficiar de maior distância entre eixos que passou para 2669mm. Também a distingui-lo está uma nova assinatura luminosa: à frente em forma de “C” com tecnologia LED com guia de luz e efeito 3D — nas versões superiores estão disponíveis faróis LED integral; atrás, também com luzes LED, que estão permanentemente acesas, desenha-se uma linha horizontal. A importância das luzes desenvolve-se também no interior do habitáculo, com a tecnologia Multi-Sense, que oferece cinco ambientes de luz associados aos cinco modos de condução disponíveis nas versões mais equipadas.
No caso do Mégane GT, há especificações estéticas a ter em conta: pára-choques dianteiro com entrada de ar mais larga, estando enquadrada por duas goteiras laterais, e grelha específica em formato colmeia. Atrás, de destacar a saída de escape elíptica cromada instalada do lado do condutor e de um difusor perfilado. As jantes de série são de 17 polegadas, em Dark Metal, mas há a possibilidade de equipar o modelo com jantes de 18’’.
Mas, mais que o seu aspecto, é o seu coração que está muito diferente, depois de a Renault ter optado por ir buscar aos seus carros de segmentos superiores, Espace e Talisman, tecnologias que há uns anos não se viam no segmento C: head-up display a cores, quadro de instrumentos com ecrã TFT de 7’’ a cores e personalizável, dois formatos de tablet multimédia com R-Link (horizontal e vertical), tecnologia Multi-Sense que permite personalizar a experiência de condução em cinco modos (Neutro, Sport, Comfort, Personalizado e Eco), além do sistema das quatro rodas direccionais 4Control.
Também as ajudas à condução disponíveis são mais próprias de um segmento superior. O modelo pode incluir regulador de velocidade adaptativo (ACC), travagem activa de emergência (AEBS), alerta de transposição involuntária de via (LDW), alerta de distância de segurança (DW), alerta de excesso de velocidade com reconhecimento dos sinais de trânsito (OSP com TSR), aviso de ângulo morto (BSW), câmara de marcha-atrás, comutação automática dos faróis de máximos para médios (AHL), ajuda ao estacionamento dianteiro, traseiro, lateral e estacionamento em mãos-livres (Easy Park Assist).
No início da comercialização estará disponível apenas uma carroçaria, de cinco portas, estando apenas prevista outra, a carrinha Sport Tourer, com estreia agendada para o fim do Verão. Nas motorizações, pode-se para já optar entra duas versões a gasolina e três diesel. O modelo de entrada a gasolina é o Energy TCe de 100cv, com caixa manual de seis velocidades. Com um binário máximo de 175 Nm a partir das 1500rpm, chega com um consumo anunciado de 5,4 l/100 km e emissões de 120 g/km de CO2, sendo proposto com apenas um nível de equipamento, Zen, com um preço de 21.000€. A outra versão disponível a gasolina este mês é o mais aguerrido Mégane GT de 205cv, à venda a partir de 31.350€: com caixa automática de dupla embraiagem EDC de sete relações, o carro é servido por um bloco 1.6 turbocomprimido, oferecendo um binário máximo de 280 Nm às 2000rpm. Apesar da potência, a marca garante ter conseguido controlar consumos e emissões: 6 l/100 km e 134 g/km, respectivamente.
Nos motores a gasóleo, surgem três opções: Energy dCi de 90cv, 110cv e 130cv. O primeiro, com caixa manual de seis velocidades, debita um torque de 220 Nm a partir das 1750 rpm, reclamando um consumo de 3,7 l/100 km e emissões de 95g de CO2 por quilómetro. O modelo está disponível com equipamento Zen e vende-se desde 23.200€. A versão de 110cv pode ser encomendada por 27.950€ com equipamento GT Line. Também acoplado a uma manual de seis, este é o bloco que ganha o título de campeão de consumos e emissões: 3,3 l/100 km e 86 g/km de CO2, números que lhe angariaram a assinatura ECO2. Se se optar pelo mesmo bloco servido por uma EDC de seis velocidades, verifica-se uma penalização em ambos os valores: 3,7 l/100 km e 95 g/km.
O topo de gama dos diesel chega com 130cv e caixa manual de seis velocidades, oferecendo um binário de 320 Nm a partir das 1750 rpm, podendo ser encomendado com equipamento GT Line, por 29.850€, ou Bose Edition, a partir de 30.400€.
Para o início do Verão é aguardado um novo bloco a gasóleo para equipar o Mégane GT: um dCi de 165cv Twin-Turbo, caixa automática de dupla embraiagem de seis relações e um binário de 380 Nm.