Fugas - Motores

Prático e ainda mais fácil de conduzir

Por Carla B. Ribeiro

Com caixa automática CVT, o Mitsubishi Space Star promete aliar agilidade a poupança.

O utilitário da Mitsubishi foi totalmente revisto no sentido de se aproximar cada vez mais de uma utilização urbana. E com a transmissão de variação contínua consegue aliar a facilidade de condução a consumos comedidos. De tal forma que os números oficiais das médias de consumo urbano são mais baixas quando o carro é equipado com a CVT do que com a caixa manual. E, entre um e outro, foi precisamente isso que verificámos: a média com a primeira conseguiu suplantar a obtida com transmissão manual.

Se isso só por si já é um trunfo, convém acrescentar, sobretudo para quem procura um meio de transporte ágil e pouco exigente — e até que não aprecie a condução por aí além, sendo esta mais uma obrigação que um prazer —, a vantagem que representa a ausência de embraiagem, não se correndo o risco de deixar o carro ir abaixo ou de nos enganarmos a engrenar uma mudança. Outro ponto positivo é o facto de os modelos com CVT integrarem o sistema de ajuda em subida (HSA) que, ao se libertar o travão, mantém o carro imóvel durante dois segundos, seja qual for a inclinação do terreno.

Mas desengane-se quem acha que o modelo equipado com esta caixa automática não é capaz de surpreender. A transmissão, com um controlo de sistema electrónico inteligente, mantém o motor sempre na rotação ideal para que seja possível conciliar desempenho a economia. A não ser que se dê um toquezinho na alavanca para a direita, passando para o modo Ds, em que as prestações se sobrepõem à vontade de poupar combustível, sendo impressionante a rapidez com que o carro se transforma. A função revela-se ideal para efectuar ultrapassagens em segurança. Ou até mesmo para nos divertirmos um bocadinho, confessemos.

Outra posição, a L (Low), produz relações ainda mais curtas, aproveitando todo o torque do carro (106 Nm às 4000rpm) para subidas muito íngremes ou na necessidade de ultrapassar obstáculos — uma vertente que na cidade de pouco servirá, excepto se for preciso subir passeios.

De resto, o carro é em tudo igual à versão com transmissão manual. Pauta-se pelas suas curtas dimensões (3795mm de comprimento, 1665 de largura e 1505 de altura) que facilmente contrastam com o amplo espaço que se pode encontrar no seu interior. À frente, a condução é facilitada por uma boa posição, mas também por nos sentirmos desafogados. Atrás, a opção de equipar o carro com um banco de linhas direitas permite que três pessoas se sentem sem quaisquer desconfortos. Naturalmente que uma viagem mais longa poderá produzir incómodos, mas este também é um carro a pensar na cidade, logo poder-se-á considerar a sua habitabilidade mais que suficiente. Já os 235 litros da mala, que exclui o sempre útil pneu sobressalente, dão para o necessário, mas o melhor é ser-se parcimonioso quando se estiver a fazer as malas para as férias.

No capítulo do equipamento de série, o Space Star, que concorre directamente com carros como o Renault Clio, Peugeot 208, o Opel Corsa, o VW Polo ou o Citroën C3, consegue distinguir-se pelos melhores motivos. Sem recorrer a políticas de extras, o Space Star inclui comandos no volante, chave inteligente com arranque por botão, sensores de luz e chuva, ar condicionado automático, rádio com CD e MP3 e computador de bordo com cruise control. O modelo mantém também o sistema Start/Stop, que desliga e arranca o motor consoante o carro está parado no trânsito ou se solta o travão e se toca na embraiagem.

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