"O novo BMW Série 5 irá estabelecer novas referências no campo das tecnologias”. A afirmação é do presidente da BMW AG, Harald Krüger. E, por aquilo que a marca revelou, durante a apresentação internacional que decorreu entre Sintra e Lisboa, o responsável não deve estar muito longe da verdade.
Para início de conversa, o carro chega equipado de série com uma câmara estéreo de alta resolução que, como opção, pode funcionar em parceria com um radar e sensores ultrassom. Os sistemas, em conjunto, pretendem ser uma espécie de guarda de prevenção de acidentes, substituindo até o condutor nalgumas situações. E, por falar em substituir o condutor, o BMW Série 5 é mais um modelo a apostar na condução autónoma, para a qual ainda não há legislação, mas que começa a dar os primeiros passinhos. Assim, é possível equipar o modelo com cruise control activo e assistente de direcção e controlo de faixa. Os sistemas permitem, desde o arranque até uma velocidade de 210 km/h, que o carro decida sozinho quando acelerar, travar, mantendo o curso da faixa de rodagem sem intervenção do condutor. Ou pelo menos com o mínimo de intervenção possível: é sempre necessário manter as mãos no volante para que o sistema funcione sem percalços. Sem isso, e ao fim de alguns avisos, o carro irá assumir que o condutor não está em condições e iniciar uma série de procedimentos para parar em segurança.
Mas há mais coisas que o carro faz (quase) sozinho. Adoptando uma série de tecnologias estreadas com o Série 7, este novo modelo também é capaz de estacionar. Isto é, o condutor pode enfiar o carro num espaço minúsculo sem se preocupar com a sua saída do veículo. Para tal, basta que saia primeiro e estacione depois, recorrendo ao estacionamento remoto através do comando do carro.
Ainda no campo das tecnologias, o Série 5 apresenta um interface com novo desenho, num ecrã táctil de 10,25’’. Há ainda novos controlos por gestos, já conhecidos do Série 7, e um melhorado controlo por voz. Já o Head-up Display, que projecta no vidro do pára-brisas informações relativas à condução, foi melhorado: está maior, tornando-se mais legível, e contém mais informação — além da velocidade a que se segue, dá dados de navegação e informação de trânsito, por exemplo.
Mais magro, mais eficiente
Tendo por base uma nova plataforma e recorrendo a novos materiais de construção, entre os quais predominam o alumínio e o magnésio, o novo Série 5 está mais magro cerca de cem quilos. Mas, inversamente, está maior em todas as quotas, com uma agradável melhoria na habitabilidade e na bagageira que dispõe agora de 530 litros.
O Série 5, que continua a querer baralhar os segmentos dos sedans de luxo e das berlinas desportivas, está também simultaneamente mais dinâmico e mais eficiente, registando um crescimento de 10% na performance e uma redução de 11% no consumo de combustível.
Com todos os motores servidos por dois turbos, a gama diesel começa com o 520d com 190cv e um torque de 400 Nm, podendo o bloco ser gerido por uma transmissão manual de seis ou uma Steptronic de oito relações. Com a mesma motorização, chegará ainda, mais para a frente, uma edição EfficientDynamics que, apenas disponível com caixa Steptronic, é anunciado com emissões de CO2 de apenas 102 g/km e um consumo médio de 3,9 l/100km.
Ainda a diesel, 530d, de seis cilindros em linha, é apresentado com 265cv um binário de 620 Nm. Já a gasolina, há dois novos propulsores: o 530i, com 252cv e 350 Nm de binário, e o 540i, com 340cv e 450 Nm.
Na calha há ainda uma versão plug-in híbrida, com uma potência combinada de 252cv, e um consumo médio de apenas 2,0 l/100km (emissões anunciadas de 46 g/km), e uma variante poderosa: o M550i xDrive, com motor V8 de 462cv e um torque de 650 Nm de binário, que promete “voar” dos 0 aos 100 km/h em 4,0 segundos. Uma solução para os fãs de emoções fortes. Pelo menos enquanto não chega o M5...